Varejo acumula perda e chega a R$ 873 bilhões, diz CNC
Economista acredita que empresas vão levar quase dois anos para se recuperar

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) calcula em R$ 873,4 bilhões a perda acumulada de fevereiro de 2020 a maio deste ano. Segundo o economista da entidade, Fabio Bentes, ouvido pelo Estadão, há discrepâncias entre os segmentos de supermercados, produtos alimentícios e bebidas, equipamentos e materiais para escritório e informática, tecidos, vestuário e calçados especializados.
A previsão da CNC é que o varejo, no geral, tenha uma alta de 4,5% nas vendas este ano, a maior taxa em nove anos. Porém, Bentes ressalta que o aumento é sobre uma base fraca.
De acordo com o economista-chefe da Deloitte, Giovanni Cordeiro, também ouvido pelo jornal, com base no relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS) as empresas fortemente impactadas pela crise vão levar quase dois anos para pagar as dívidas.
Para as empresas do Brasil, o BIS calcula que as mais endividadas devem dedicar 45% do lucro líquido para sanar seus débitos. No entanto, para Cordeiro, haverá um movimento de ajustes, pois muitas empresas não vão conseguir se recuperar, por causa da taxa de desemprego no País que ainda permanece alta. O que reduz o poder de compra e consumo da população.