Veja os locais que Bolsonaro pode cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão
O ministro Alexandre de Moraes é o responsável pela decisão

Foto: Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília. Créditos: Valter Campanato/ Agência Brasil de Fotografias/ Wikimedia Commons
Com condenação de 27 anos e 3 meses, superior a oito anos, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, de 70 anos, terá que cumprir pena em regime fechado. Apesar do sigilo do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão, quatro opções estão sendo debatidas: a manutenção da prisão domiciliar; uma cela especial na Superintendências da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal; o Complexo Penitenciário da Papuda; ou no Comando Militar do Planalto.
A defesa de Bolsonaro, sob a justificativa da delicada saúde do condenado, deve solicitar a manutenção da prisão domiciliar em Brasília. Esta opção não é descartada por questões humanitárias, além de seguir o precedente mais recente do ministro, que permitiu Collor, de 75 anos, cumprir a pena em prisão domiciliar após diagnóstico de doença de Parkinson.
Membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF) acreditam que ele possa ser encaminhado a cela especial na Superintendência da PF, antes de ser beneficiado com a prisão domiciliar.
A opção da prisão na Papuda, em ala reservada para os acusados do 08 de janeiro e do mensalão, também é cogitada. Contudo, o local sofre com a superlotação, com 6 mil detentos a mais das 10 mil vagas disponíveis, de acordo com o Ministério Público.
O ex-presidente tem se manifestado a aliados o receio de cumprir apena na Papuda. Porém, os aliados têm acalmado Bolsonaro argumentando que está opção é improvável e que o destino mais provável é uma cela na PF.
A opção do cumprimento da pena no quartel é a mais remota, de acordo com integrante do Supremo e do governo Lula. Há avaliação de que a presença de Bolsonaro possa significar a inserção literal do discurso político no quartel, situação que o comandante do Exército, general Tomás Ribeiro, rechaça e manifesta contrariedade, bem como o retorno de acampamentos de bolsonaristas em área militar.