Veja vídeo: "O gestor tem obrigação de dar o remédio. Usar é escolha do médico e do paciente", diz ex-prefeito de Teresina

Em entrevista ao SBT, o médico e ex prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, defendeu a autonomia dos agentes de saúde e pacientes de utilizar medicamentos para o tratamento da covid-19 e fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Federal de Medicina, que, segundo ele, tentam fazer interferências no "ato privativo" de ambas as partes.  

"Existem médicos que têm medo de passar o remédio, isso é um ato dele, ninguém pode obrigar ele a fazer. Eu escuto dizer que algumas unidades de saúde não tem todos os remédios, seja em Teresina ou no interior, isso é obrigação dos gestores, eles têm obrigação de colocar. Se o médico vai usar ou não, se o paciente vai aceitar ou não, isso é outra história, mas não compete nem ao Supremo Tribunal Federal, ao Conselho Federal de Medicina e ao Congresso Nacional [...] É um ato privativo do médico e só ele e a consciência e o conhecimento dele vai decidir, naturalmente com a decisão do paciente, se usa ou não", afirmou Sílvio Mendes. 

Sílvio Mendes, que geriu Teresina de 2005 a 2010, também defendeu a utilização conjunta da hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina para o tratamento inicial da covid-19 que, segundo ele, "tem dado bom resultado".

"Basicamente, o que se tem feito? Três medicamentos baratos - que não interessam à indústria farmacêutica porque é barato, eles não tem patente e qualquer um pode fabricar - que é a hidroxicloroquina - eu nunca vi um remédio tão combatível-, azitromicina e a ivermectina. Juntando os três, tem dado bom resultado. A pergunta é: por que é que não uso? E se eu não uso isso aqui, eu vou usar o que? Eu vou tomar o que? Benzetacil? Tenha um pouco de juízo e bom senso", explicou o ex-prefeito.