Coronavírus
Na última semana, de 16 a 23 de janeiro, a taxa de contágio no Brasil chegou a 1.78, a maior registrada desde janeiro de 2021
FOTO: Reprodução
O Brasil vem registrando sucessivos recordes na taxa de transmissão da Covid-19, influenciado pelo avanço da variante Ômicron. Apenas na última semana, de 16 a 23 de janeiro, a taxa de contágio chegou a 1.78, o maior valor desde janeiro de 2021. De acordo com o matemático e coordenador do Info Tracker, Wallace Casaca, a velocidade de transmissão da variante Ômicron é algo sem precedentes na comunidade científica.
“Nós pesquisadores e toda a comunidade cientifica, até então, nunca tínhamos registrado uma capacidade de disseminação do vírus tal como a Covid na manifestação da Ômicron. Ela realmente consegue extrapolar outras doenças altamente infecciosas como o sarampo”, afirmou em entrevista à CNN na última quarta-feira (26).
Os dados são de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que constituem o Info Tracker, responsável por monitorar o avanço e o ritmo de contaminação da doença no país.
O pesquisador ainda destacou que a alta no número de casos da Covid-19 é algo que vem sendo observado em todo o mundo e que “quase todos os países do mundo estão enfrentando esse avanço da Ômicron, isso também é algo sem precedentes que nunca observamos antes”.
De acordo com Casaca, há estudos científicos que estão sendo realizados e já afirmam que “a Covid na manifestação da Ômicron é sim aquilo que a gente conhece de mais infeccioso que já observamos em vida”.
Segundo o matemático, a expectativa é de que a taxa de transmissão comece a diminuir gradativamente em fevereiro. “Os casos ainda vão aumentar, mas de forma mais desacelerada, ou seja, incrementos cada vez menores de um dia para o outro”, avaliou Casaca.
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