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Venda de sentenças: assessor do STJ pagou R$ 3,5 mi no cartão de crédito em esquema de lavagem de dinheiro, aponta PF

Segundo coluna de Malu Gaspar, relatório diz que esquema emitia boletos falsos e faturas de cartão

Por Da Redação
Ás

Venda de sentenças: assessor do STJ pagou R$ 3,5 mi no cartão de crédito em esquema de lavagem de dinheiro, aponta PF

Foto: Reprodução

A operação Sisamnes, que investiga suspeitas de vendas de decisões em gabinetes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e na Justiça do Mato Grosso, encontrou indícios de movimentações financeiras de investigados que indicam lavagem de dinheiro, através de boletos falsos e cartões de crédito.

Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Daimler Alberto de Campos, que foi chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, gastou R$ 3,5 milhões em cartões de crédito, entre março e julho de 2023, e chegou a pagar 25 faturas em um único mês. 

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (28), pela colunista Malu Gaspar do jornal O Globo. Os investigadores descrevem um esquema de boletos falsos para justificar os pagamentos aos suspeitos.

Os boletos eram emitidos por uma empresa controlada pelo lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, apontado como negociador das sentenças, e pagos em seguida pela própria empresa, em valores correspondentes ou superiores aos das faturas dos cartões de crédito de Daimler.

Nos autos sigilosos do processo, o relator do processo, ministro Cristiano Zanin, destacou que o mecanismo “ sugere, em tese, a possibilidade de haver uma quitação, pela Florais Transportes Ltda. (a empresa de Anderson), de empréstimos, dívidas e operações mercantis previamente concebidas para promover o estorno de valores em conta e, com isso, a ‘limpeza’ do dinheiro”.

O dinheiro lavado vinha do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023 em Cuiabá (MT). A sétima fase da Sisamnes mira, nesta quarta, os possíveis mandantes e eventuais coautores do crime.

Segundo a PF, Zampieri transferiu R$ 7,1 milhões para a empresa de Andreson entre 2019 e 2023. O valor era repassado para contas de passagem até que o uso dos valores para o pagamento de propinas se tornasse viável.

O mesmo esquema foi identificado nas contas de Rodrigo Falcão, ex-chefe de gabinete do ministro Og Fernandes. Nesse caso, não eram usados cartões de crédito, e sim aplicações e resgates de investimentos.

Os investigados não se pronunciaram publicamente sobre o assunto.

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