Vídeo: "Acredito que a sociedade está atenta", afirma Alice Portugal sobre queda da MP 1303
Deputada federal avalia que chegou o momento dos prefeitos cobrarem os seus parlamentares

Foto: Reprodução/Farol da Bahia
BRASÍLIA - A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) afirmou que a sociedade está atenta sobre a Medida Provisória 1.303, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que foi suspensa na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Farol da Bahia nesta quarta-feira (8), Alice avaliou que chegou o momento dos prefeitos cobrarem os seus parlamentares sobre a tensão criada pela MP.
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Durante o discurso, a deputada criticou a postura dos líderes do União Brasil e do Partido Progressista (PP), alegando que eles querem colocar o governo Lula (PT) em uma "saia justa". Alice também pediu o apoio da população ao explicar o contexto da medida.
"Eu acredito que a sociedade está atenta. Nós sabemos quem mais arrecada no Brasil. É o que a gente tem chamado da tria de BBB. Bancos, bets, big techs, e efetivamente o setor financeiro. Nós tínhamos feito um acordo no sentido do governo perder menos e pacificarmos o plenário da casa. Mas líderes da União Brasil, líderes do PP, saem e dizem que eles não vão dar dinheiro para o governo Lula", informou.
"É isso que estão pautando. É a antecipação das eleições. Rompem o acordo e evidentemente querem colocar o governo numa saia justa, perdendo uma votação em plenário. A gente pode até perder a votação em plenário, mas vamos ganhar na sociedade", explicou.
Mais cedo, o União Brasil, o PP e o PSD anunciaram que votariam contra o MP. O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), anunciou a ação após a legenda informar a suspensão cautelar do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), pela recusa dele de deixar o ministério. A sigla rompeu com o governo após o presidente Lula (PT) criticar o presidente da legenda, Antônio Rueda.
Alice também acha válida uma cobrança dos prefeitos sobre os deputados sobre a possibilidade do governo federal travar até 10 bilhões em emendas parlamentares.
"É importante que os prefeitos falem com seus deputados no sentido de que, na medida em que essa imposição dos partidos da oposição acontece, quem perderá são os municípios para onde as emendas são vetorizadas para minorar a baixa arrecadação dos municípios. Então é a hora dos prefeitos defenderem essa posição. Se não há acordo, a taxação de quem mais arrecada, que não são os municípios, objetivamente", apontou.
Confira o vídeo abaixo: