Vídeo: Bolsonaro diz que mortes por Covid-19 no Brasil foram superdimensionadas
Em entrevista a ativistas alemães, presidente volta a defender imunização sem vacina

Foto: Alan Santos/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), disse em entrevista a dois ativistas alemães, no Palácio do Planalto, que as mortes pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, foram superdimensionadas no Brasil. Na ocasião, o presidente acusou hospitais de internarem pessoas às pressas para drenar dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantiu que a contaminação imuniza mais do que a vacina.
Em vídeo gravado no último dia 10, divulgado nas redes sociais do portal Metrópoles na quinta-feira (23), Bolsonaro retoma a tese sinalizada durante encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, nos Estados Unidos, quando disse que não tomou vacina porque já estava imunizado por ter sido contaminado. “Estudos confiáveis indicam que os contaminados pelo vírus têm mais anticorpos do que quem se vacinou. Seis vezes mais. Então, eu não estou preocupado”, disse.
Na entrevista, Bolsonaro ainda retomou a tese da “supernotificação” das mortes por Covid-19 e acusou hospitais de diagnosticarem pacientes para serem internados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com o objetivo de aumentar lucros.
“Uma pessoa com Covid na UTI de um hospital público custa cerca de R$ 2 mil por dia. Para outras doenças o custo é de R$ 1 mil, metade do custo. Então, muitas pessoas humildes, quando iam ao médico e precisavam ser internadas, eram enviadas à UTI, porque o hospital ganharia mais dinheiro. Então houve uma supernotificação, mas você só descobre a supernotificação dois ou três anos depois”, disse Bolsonaro.