Vídeo: Elaine Assis discute a presença das religiões cristãs na produção de acarajé
Diálogo no podcast 'Podomblé' destaca a complexidade da tradição baiana em meio às práticas religiosas

Foto: Reprodução/Youtube
Elaine Assis, baiana de acarajé trouxe à tona uma reflexão sobre a presença das religiões cristãs na produção do acarajé e ressaltou a importância do respeito às religiões de matrizes africanas durante o quinto episódio do podcast "Podomblé", pela FB Comunicação.
Durante o programa, Elaine mencionou uma amiga, também baiana de acarajé, pertencente a uma família com tradição na produção do quitute. Mesmo sendo seguidora de religião evangélica, essa amiga mantém a tradição de vender acarajé, vestida como baiana, mas sem utilizar os adereços específicos. Para Elaine, isso é uma questão de respeito.
"Trabalhamos na região da Barra, somos uma família de quase 15 baianas que, assim como eu, passaram a ser baianas de geração em geração. Ela sempre diz, 'sou evangélica, é minha escolha, mas não posso desrespeitar o que tem origem na matriz africana'", explicou Elaine Assis.
A baiana de acarajé enfatizou a complexidade da questão ao argumentar: "O acarajé não faz parte dos ensinamentos de Jesus, não está na bíblia. Por isso, não posso fazer isso. Acho muito importante lutar para preservar nossa profissão e nossas iguarias, respeitando suas origens."
O diálogo de Elaine Assis ressalta a importância de compreender a riqueza cultural e religiosa por trás do acarajé, simbolizando a necessidade de respeito e preservação das tradições ancestrais mesmo em contextos religiosos distintos.
Assista o podcast completo aqui.
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