Vídeo: Operação no Alemão e na Penha deixa 22 mortos e se torna uma das mais letais do Rio
Ação das forças de segurança deixa 22 mortos e mobiliza 2.500 agentes

Foto: Reprodução
A operação deflagrada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, já é considerada a terceira mais letal da história da cidade. De acordo com balanço preliminar, 22 pessoas morreram durante a ação, que mobilizou cerca de 2.500 agentes das forças de segurança do estado.
A operação, batizada de “Contenção”, teve como objetivo o cumprimento de 100 mandados de prisão contra integrantes de facções criminosas que atuam na região. Durante a ação, houve intensa troca de tiros, barricadas em chamas e uso de drones com explosivos por criminosos, segundo informações da Polícia Civil.
Entre os mortos estão 20 suspeitos e dois policiais civis. Um delegado permanece em estado gravíssimo, e outros agentes ficaram feridos. Três pessoas que não participavam dos confrontos também foram atingidas, um homem em situação de rua, uma mulher que estava em uma academia e um trabalhador em um ferro-velho.
A Polícia Civil informou ainda que 56 pessoas foram presas, sendo cinco delas baleadas e levadas sob custódia ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Ao todo, 31 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas foram apreendidos.
Balanço de mortos nas operações mais letais do Rio de Janeiro:
Jacarezinho (maio de 2021): 28 mortos
Vila Cruzeiro (maio de 2022): 24 mortos
Complexos do Alemão e da Penha (outubro de 2025): 22 mortos
Vila Operária, Duque de Caxias (janeiro de 1998): 23 mortos
Complexo do Alemão (junho de 2007): 19 mortos
Senador Camará (janeiro de 2003) — 15 mortos
Fallet/Fogueteiro (fevereiro de 2019) — 15 mortos
Complexo do Alemão (julho de 1994) — 14 mortos
Complexo do Alemão (maio de 1995) — 13 mortos
Morro do Vidigal (julho de 2006) — 13 mortos
Catumbi (abril de 2007) — 13 mortos
Complexo do Alemão (agosto de 2004) — 12 mortos
Com o novo episódio, quatro das operações mais letais do estado ocorreram sob o governo de Cláudio Castro (PL). A escalada de violência reacende o debate sobre a letalidade policial e a eficácia das ações em comunidades dominadas por facções.
Confira mais no vídeo abaixo:


