Volume de captação de capitais superou desembolsos do BNDES nos últimos anos

Os créditos concedidos pelo banco de fomento foram ultrapassados nos governos petistas

Por Da Redação
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Volume de captação de capitais superou desembolsos do BNDES nos últimos anos

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A posse do novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, realizada na segunda-feira (6), foi marcada por críticas à redução na concessão de crédito pelo banco e pela promessa de que a empresa pública vai recuperar o papel de indutora do crescimento do Brasil. As informações são da CNN Brasil. 

De acordo com o levantamento feito pelo Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Cemec/Fipe), houve uma redução dos desembolsos nos últimos anos. Porém, o setor privado não só ocupou o vácuo deixado pelo encolhimento do BNDES, como superou os créditos concedidos pelo banco nos governos petistas.

Na análise da captação de recursos no mercado de capitais, foi notado que os instrumentos do setor financeira superaram o patamar do BNDES nos momentos de maiores reembolsos, tendência que passou a ser observada a partir de 2016, quando o volume de emissões de dívida de médio e longo prazo ultrapassou os aportes concedidos pelo banco de fomento. 

De acordo com o coordenador do Cemec/Fipe, Carlos Rocco, o desenvolvimento na funcionalidade do financiamento das empresas tem sido fundamental nessa evolução, com maior qualidade e garantia das operações. Entre as mudanças estão o Open Finance e as fintechs de crédito, além da expectativa pela chegada da duplicata eletrônica.

O resultado é uma redução na inadimplência e no spread bancário. Rocco destaca, no entanto, que o BNDES tem um papel central no atendimento a pequenas empresas que não conseguem acessar o mercado privado.

O levantamento também mostra como as grandes empresas perderam espaço para as pequenas e médias na destinação dos recursos do BNDES nos últimos anos.

Em 2010, por exemplo, as grandes empresas recebiam mais de 70% dos créditos do banco público. As médias, 8,1% e as pequenas, 6,1%. Dez anos mais tarde, as grandes empresas passaram a representar 47,5% dos aportes do BNDES. As médias saltaram para 26,1% e as pequenas para 17,5%.

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