Voos de jatinho particulares crescem no país em meio à pandemia

Entre janeiro e maio deste ano, foram 134,6 mil voos em aeronaves executivas

Por Da Redação
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Voos de jatinho particulares crescem no país em meio à pandemia

Foto: Reprodução/Getty Images

A aviação geral de negócios está em crescimento no Brasil mesmo em meio à pandemia, apesar dos custos altos relacionados ao dólar. Após o período inicial da pandemia do coronavírus, o número de voos voltou aos patamares de antes, segundo os dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag).

Entre janeiro de maio deste ano, foram 134,6 mil voos em aeronaves executivas, 27,3% a mais que no mesmo período de 2020 e quase o mesmo que o ano de 2019. 

Segundo o sócio da consultoria Bain & Company, André Castellini, em entrevista ao GLOBO, a alta é influenciada pelo bom desempenho do agronegócio. 

"Houve queda na demanda, como na aviação em geral, mas por cerca de quatro meses. Iniciou logo a trajetória de retomada, principalmente porque os segmentos de commodities vão bem, e boa parte da frota no Brasil é destinada a empresas e executivos dessa área", analisou.

No entanto, apesar do crescimento disparado na pandemia, o uso do jatinho ainda é voltado para consumidores de alto poder aquisitivo, devido aos custos elevados, atrelados ao dólar. 

Um helicóptero Robinson 22, de pequeno porte, por exemplo, é vendido por cerca de US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão), segundo Flávio Pires, diretor-geral da Abag. Um avião monomotor, modelo de entrada sem segmento, não sai por menos de US$ 400 mil (cerca de R$ 2 milhões).

A depender do modelo, também há jatos executivos que podem custar US$ 90 milhões, ou seja, quase meio bilhão de reais, completa o executivo.

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