Wagner doa cerca de quatro salários de senador para o diretório do PT
Parlamentar teria transferido R$ 90 mil para a cúpula nacional do partido
Em uma espécie de "dízimo" partidário, o PT estaria cobrando mensalmente, há mais de uma década, contribuição financeira dos parlamentares filiados à sigla. É o que aponta a coluna de Rodrigo Rangel, da Metrópole.
Deputados e senadores estariam sendo obrigados a repassar entre 2% a 20% do salário que recebem no exercício do mandato para bancar as despesas do diretório nacional, conforme prevê o estatuto do PT.
Segundo a coluna, em março, o senador Jaques Wagner, que é tido como "líder do dízimo", teria transferido R$ 90 mil para a conta do Partido dos Trabalhadores. O valor equivale a quatro meses do salário líquido de R$ 33,7 mil que ele recebe do Senado.
O levantamento revelou ainda que os petistas eleitos chegam a repassar média mensal de R$ 3,5 mil de seus salários para os cofres do partido. No ano, esse valor corresponde a menos da metade do pagamento que teria sido feito à vista por Wagner, que no pleito de 2018 declarou possuir mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras ou ações na Bolsa de Valores.