O ex-chefe da Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, se recusou a assinar uma intimação feita por um oficial da Justiça. Ele foi intimado a enviar por escrito sua versão sobre os fatos em uma ação civil pública que acusa a Secom de bancar campanhas publicitárias que defendem o tratamento precoce contra a Covid-19. As informações são da UOL.

Wajngarten assumiu a secretaria em abril de 2019, mas foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro em 11 de março deste ano.

As informações são de que o oficial esteve no condomínio Palazzo Orsini, em São Paulo, local em que o ex-secretário mora, mas não acabou sendo recebido por Wajngarten, que atendeu o interfone e pediu que o oficial da Justiça deixasse o mandado na portaria.

"Informei ao senhor porteiro que eu precisava entregar o mandado diretamente ao citando, motivo pelo qual o mesmo interfonou novamente ao apartamento e me informou que eu deveria aguardar que alguém iria me atender", descreve o oficial. 

Poucos minutos depois, ele foi atendido por um "assessor pessoal", que "afirmou que seu patrão não iria descer para me atender e que, se eu quisesse, ele [o assessor] poderia subir com o mandado e colher a assinatura" de Wajngarten.

Desta forma, o documento foi entregue e o oficial aguardou o retorno deles assinado. No entanto, após mais de 30 minutos depois, o assessor desceu e informou que o ex-chefe da Secom resolveu não assinar o mandado. Contudo, caso ele não envie as suas justificativas no prazo de 20 dias, a contar da notificação, o juiz pode julgar como verdadeiros os fatos alegados contra ele.