Day McCarthy surgiu chorando após ser condenada por racismo contra a filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, em um vídeo que viralizou na web, na última quarta-feira (28). A conhecida socialite entrou para a história, e bem feito que foi, por receber a maior pena que a Justiça brasileira já lançou contra uma pessoa criminosa racista: oito anos de prisão, inicialmente em regime fechado, por proferir ofensas racistas contra à criança. É histórica a condenação e precisa se tornar jurisprudência. A socialite afirmou, ainda, no vídeo que se arrependia muito e sentia vergonha. Deveria ter medido as consequências do seu ato criminoso. Precisamos dar um basta a esse “passar o pano” sem fim aos que avançam sobre a dignidade de ser do outro, em sua etnia, orientação sexual e ou religião. O Brasil está um chiqueiro, onde toda sorte de porcaria tenta justificar esses atos criminosos. Até há pouco os operadores do Direito alegavam que o apenamento não poderia ser severo, porque são “crimes de menor poder ofensivo” ou algo que valha. Vá perguntar a quem sofreu, como se sentiu. Infelizmente, ainda há aqueles que vociferam que “tudo agora é racismo”, então que se combata em tudo que apareça, a fim de coibir a sanha dos racistas.
Tomemos como exemplo o nosso Estado, que em 2022, do contingente populacional da Bahia, 80,8% se autodeclaravam como indivíduo da raça negra (composto por pretos e pardos), segundo levantamento feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e quando tivemos um governador negro ou prefeito da capital? A discrepância é de tal monta que chamou a atenção do cineasta americano Spike Lee, que retornou a Salvador em 2022, depois que já tinha estado gravando clip com Michael Jackson, e levantou uma questão: como “a cidade que tem maioria negra não tem um prefeito, um governador, um senador negro? Que mistura é essa? Por que os negros não chegam a esses cargos? O racismo é fundante”. Concluiu.
Em agosto o respeitado Edvaldo Brito comemorou um tento em 1978, ele tomou posse como prefeito de Salvador, indicado pelo governador Roberto Santos e confirmado pela Assembleia Legislativa, conforme o ritual da época e ficou sete meses à frente do executivo municipal. Esse é o único registro que temos. Será que não tem mesmo alguma coisa errada?