José Medrado

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Não está difícil perceber que o povo brasileiro se encontra infeliz, ainda que haja uma trupe que busca festas clandestinas, aglomerações para o que chamam de “diversões”. Vejo, sinceramente, nessas pessoas mais que negacionistas, percebo fugitivas da realidade, como se fosse possível criar um mundo paralelo, uma bolha onde o acesso só para os que vibram nesta mesma frequência de desencontro interior. Querem, entendo, ainda, dar a si mesmos um convencimento de que são felizes e agem certos, mas não há como se acreditar em alguém indene a mais 350 mil mortos, e média diária em torno de 3 mil. Isso não é felicidade, é realmente fuga. 

A propósito em 2021, pelo quarto ano consecutivo, a Finlândia ficou no topo do ranking, seguida por Islândia, Dinamarca, Suíça e Holanda como países em que seus povos se disseram felizes. Nos Estados Unidos mesmo com corona vírus, talvez pela postura do novo líder da nação, as coisas parecem ter melhorado em relação a 2020: o país aparece em 14º lugar, um salto de quatro posições.

Essa pesquisa se baseia em classificação e dados da Gallup World Poll. Este ano, no entanto, a dinâmica da pesquisa foi diferente, por força da covid-19, os pesquisadores só confrontaram o bem-estar do povo e a visão da pandemia. Os pesquisadores, no entanto, pontuara que “surpreendentemente, não houve, na média, um declínio do bem-estar na avaliação das próprias pessoas sobre suas vidas”, diz o professor da Universidade de British Columbia, John Helliwell, uma das pessoas por trás do relatório. “Uma possível explicação é que as pessoas veem a Covid-19 como uma ameaça externa comum, que afeta a todos, e isso pode ter gerado um maior senso de solidariedade e compaixão.”

Agora, você me pergunta: E o Brasil ficou em que posição? Em 2020, o Brasil ocupava a 32ª posição. A nota atribuída ao Brasil, baseada em dados de 2020, é de 6,110. Essa é a menor média para o país desde 2005, quando o instituto de pesquisas começou sua avaliação. Durante a pandemia do novo coronavírus, a infelicidade no Brasil aumentou, fazendo o país cair nove posições no ranking global da felicidade. O Brasil aparece na 41ª posição.

O pior de tudo isso que vemos no Brasil, além da infelicidade que se estabeleceu, é esta briga política de e em todos os lados, gerando só insegurança e medo com o amanhã. O cidadão brasileiro ainda não internalizou que os seus eleitos são seus empregados, que precisam ser cobrados pelo seu bem-estar e não ídolos artísticos que precisam de fãs clubes. 


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