Dr. Felipe Gaia

Endocrinologia Ginecológica revela abrangência de problemas na saúde intima feminina

Transtornos nas glândulas endócrinas podem causar não apenas acnes e crescimento de pelos, mas também doenças mais graves como osteoporose e infertilidade.

Uma das patologias mais comuns em adultos é a falta de produção de hormônios sexuais em razão de problemas na hipófise e tireoide.
A Endocrinologia Ginecológica constitui uma área de atuação abrangente na medicina voltada para a mulher, porque cuida de doenças decorrentes de alterações em glândulas hormonais que podem afetar praticamente todo o organismo. A saúde das glândulas endócrinas - responsáveis pela secreção dos hormônios que regulam praticamente todas as funções no organismo feminino podem trazer eventuais transtornos associados a estas glândulas e podem causar, desde perturbações de ordem estética, tais como o surgimento de acnes e crescimento anormal de pelos (hirsutismo), até quadros mais sérios como osteoporose e infertilidade. Entre os vários acometimentos, outras várias patologias também são observadas: obesidade, ausência ou irregularidade na menstruação, disfunções ovarianas, alterações na libido, puberdade precoce nas meninas e várias outras. 

Em particular, a infertilidade é um quadro comum dentro da Endocrinologia Ginecológica. As suas causas podem ser detectadas por meio de exames realizados para avaliar a anatomia ginecológica como o ultrassom e histerossalpingografia, que permitem avaliar detalhes da anatomia da pélvis,  o útero e os ovários. Também deve-se verificar a dosagem dos hormônios sexuais, além de outros marcadores como o hormônio anti-Mülleriano (HAM) e a inibina. Os exames da área de Endocrinologia Ginecológica precisam ser realizados nas mais modernas plataformas, com a consultoria de médicos da instituição especializados tanto em Endocrinologia como em Ginecologia para que se tenha um diagnóstico confiável. Veja alguns casos:

Ovários Poliscisticos

Na Endocrinologia Ginecológica, a Síndrome dos Ovários policísticos é  observada como uma das doenças mais comuns. Esta é uma doença em que o ovário não funciona corretamente, ao mesmo tempo em que apresenta múltiplos e pequenos cistos. A síndrome pode evoluir com o excesso de hormônios masculinos, estimulando o surgimento de pelos e acnes. As pacientes podem ainda apresentar ciclos menstruais irregulares e até mesmo dificuldade para engravidar. O seu diagnóstico pode ser obtido feito através da história clínica complementado pela realização das dosagens de FSH, LH, estradiol, progesterona, testosterona, TSH, LH, androstenediona, sulfato de DHEA por auxiliado também pelo ultrassom de pelve para avaliação dos ovários, utilizando-se também a. Devido a frequência elevada, recomenda-se ainda o rastreio das comodidades como o diabetes, além dos com os exames de glicemia, insulina e hemoglobina glicada.

Amenorreia Hipotalâmica

Outra doença comum dentro abordadas pela Endocrinologia Ginecológica é a Amenorreia Hipotalâmica, que é a falta de produção de hormônios sexuais devido a uma alteração na função da glândula hipófise, pequena glândula localizada logo abaixo do cérebro que controla o funcionamento dos ovários. Esta situação pode acontecer frequentemente em atletas de alto rendimento devido ao treino excessivo e a uma alimentação inadequada. Uma das causas teria origem na hipófise - glândula que fica abaixo do cérebro e controla os ovários. Para o seu diagnóstico “indica-se ainda o estudo do perfil dos hormônios sexuais FSH, LH, estradiol, progesterona, prolactina, TSH e T4L testosterona, além e eventualmente a dosagem de marcadores como o hormônio mulleriano e a inibina B. Além dos exames de sangue recomenda-se a realização da ultrassonografia de ovários e, eventualmente possivelmente, da ressonância magnética da hipófise.

Hipotireodismo não tratado

Outra causa da Amenorreia Hipotalâmica seria o hipotireoidismo não tratado. Neste caso a ausência de reposição do hormônio da tireoide leva a alterações funcionais tanto na hipófise quanto no hipotâlamo que alterando o processo de menstruação e ainda deixando a paciente com os sintomas clássicos de hipotireoidismo como mais sonolência constante e menos energia. O seu diagnóstico pode ser obtido realizado pela dosagem dos hormônios TSH, T4 livre e dos anticorpos anti-tireoglobulina e antiperoxidase, assessorado pela ultrassonografia da tireoide. 

Prolactina

Uma outra doença que influencia na saúde hormonal da mulher é a produção excessiva de prolactina. Esta pode ter como causa o uso de uma série de medicamentos, como remédios para náusea, ansiedade, irritação e depressão por exemplo, o hipotireoidismo não tratado e por fim a produção excessiva causada por um nódulo benigno localizado na hipófise (prolactinoma). Uma terceira causa seria o aumento do hormônio prolactina - geralmente causado por um nódulo benigno na hipófise As pacientes com esta alteração podem apresentar que também pode interferir no irregularidades no ciclo menstrual, podendo levar levando à falta de menstruação, saída de leite da mama (galactarreia), dores de cabeça dentre outros sintomas. “O diagnóstico deste tipo de caso pode ser obtido por meio da análise da prolactina, associado a dosagem dos demais hormônios associados com a bem como outros exames da função da hipófise, como a dosagem de o FSH, LH, estradiol, progesterona, TSH, T4L, GH, IGF-1 e cortisol FS1 e hormônio de tireoide.


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