Patrícia Salles

A obesidade é a grande doença do século. Considerada uma doença pela OMS, com código próprio (cid10: E66), o grande problema da obesidade é que a mesma acarreta uma série de outras doenças, como Diabetes Mellitus tipo 2, Dislipidemia, Hipertensão Arterial, aumenta risco para diversos tipos de cânceres, entre outras. Temos diversos fatores ambientais que facilitam o ganho de peso. Um desses fatores é a diminuição do tempo de sono! Metade da nossa população dorme menos do que deveria, principalmente durante a semana. E dormir pouco é sabidamente um fator de risco para ganho de peso! Há diversos fatores para isso, mas um já descrito há algum tempo é o aumento de hormônios da fome (a grelina sendo o mais relevante) e a redução de hormônios que aumentam a saciedade (como por exemplo a leptina). Nos dias de pouco sono ocorre um aumento do apetite por doces ou lanches mais calóricos, além, é claro, de uma maior preguiça por exercício físico. Acredita-se que esse aumento da fome, quando dormimos pouco, tem a ver com uma tentativa do corpo para compensar o período maior de atividade e o cansaço. E o consumo excessivo de alimentos mais calóricos para suprir energia. Isso leva a tendência de ganho de peso. Estudos também mostram que pessoas em dietas semelhantes perdem mais massa muscular se dormem mal, ou seja, o sono ruim também atrapalha o processo de perda de peso consciente! A mudança de hábitos para ter uma vida mais saudável e perda de peso não inclui apenas melhorar a alimentação e fazer exercício físico. É necessário também melhorar o sono. Um estudo que saiu na revista Nature mostra que a luz LED é o que mais inibe a melatonina (um neurohormônio que tem sua secreção estimulada pelo escuro e reduzida pela luz. Normalmente começa a se elevar 2-3h antes do sono, e é responsável pela indução do mesmo). Então, ficar olhando o iPhone, iPad, ou assistindo televisão antes de dormir pode ser o motivo da sua insônia. E como já sabemos, essa alteração do ritmo circadiano do sono pode levar ao ganho de peso, aumento da resistência insulínica, entre outros efeitos deletérios. Que tal desligar os aparelhos eletrônicos um pouco mais cedo e ter uma noite de sono tranquila?


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