No começo da década dos anos oitentas, a cantora baiana, Simone, emplacou um grande sucesso: O amanhã. O sucesso, lembrarão os mais velhos, ou melhor, os mais vividos, era muito ouvido no final do ano, pois reclamava: 

A cigana leu o meu destino
Eu sonhei!
Bola de cristal
Jogo de búzios, cartomante
E eu sempre perguntei
O que será o amanhã?
Como vai ser o meu destino?
Já desfolhei o malmequer
Primeiro amor de um menino

E por aí vai a música...Décadas se passaram, mas a letra se torna renovada em seu aspecto de busca de desvendar os tais mistérios do viver e da vida...quem não cultivou esta curiosidadezinha lá nos escaninhos da alma? Quem não gostaria de desvelar esses saberes? Assim, chegamos mais uma vez a esse ponto de partida do buscar saber o futuro e não importa quem os diga, mas esse futuro precisa ser venturoso e cheio de boas realizações, conquistas...Ops! Tem, no entanto, um problemazinho por resolver: ele, o destino, não é uma correspondência, um zap, um e-mail que você recebe no dia 31 de dezembro, e pronto, tudo resolvido! Quem dera. Agora vem a água fria: ele é você que constrói, ele será o resultado do seu presente, do seu agora...ele é consequência em si, de você; não de um envio subjetivo de lugar, de alguém que não sabemos, de seres que idealizamos. Pois é, o bom futuro, portanto, não se estabelece por confluências de Astros, nem por pular ondinhas, vestir esta ou aquela cor, comer lentilhas...se acredita faça, para não ter peso nas expectativas, mas o fato é que ele será fruto do seu querer, em realização, em fazer acontecer pelos caminhos que você percorrer. É fato que, no entanto,  não poderemos esquecer que na lei mental da vida, os iguais se atraem, ou seja, se você quer bênçãos, bênçãos precisa semear, pois, segundo Jesus, em Tiago 3: “Acaso pode, uma mesma fonte, jorrar água potável e água salobra? Ora, meus irmãos, é possível que uma figueira produza azeitonas ou uma videira, figos? Assim, também, uma fonte de água salgada não pode jorrar água doce. Cultivemos a sabedoria dos céus.”. 

Então, como será 2023? Elabore expectativas, sim, mas comece a modelagem dele agora, sendo resolutiva(o) no que se evidenciou ao longo deste ano algo que não deu certo, que fugiu totalmente ou parcialmente do seu esperado. Vá lá: mude ou adapte-se no que sou a questão do pode ser mudado, ou não.