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Estilista do Ilê Aiyê há 50 anos é destaque na Vogue!

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Estilista do Ilê Aiyê há 50 anos é destaque na Vogue!

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Estilista do Ilê Aiyê há 50 anos é destaque na Vogue!
Foto: Reprodução/Instagram

A baianíssima Dete Lima foi destaque na Vogue. A estilista contou sobre sua trajetória que surgiu juntamente com uma das maiores expressões culturais do país, o bloco Ilê Aiyê. Desde os 19 anos, Dete é a responsável pelos figurinos marcantes do grupo afro. "Desde pequena já pensava no que eu poderia fazer com tecidos no corpo e na cabeça de uma mulher. E sempre pensando em uma mulher negra porque eu fui criada com a minha mãe dizendo assim: 'Vocês são negros, são bonitos e têm que se orgulhar disso!'", contou com exclusividade à Vogue. Do Terreiro Ilê Axé Jitolu, no Curuzu, a danada já via a sua ialorixá Mãe Hilda vestir os orixás. A principio chamado de "Povo Negro", o bloco trocou de nomenclatura pois figuras do poder publico e midiático alegavam de forma racista conotações negativas. O nome atual, então, foi a pedido da Mãe de Santo, sendo que em língua iorubá significa “casa” (ilê) e “terra” (aiyê). Segundo a publicação, o terreiro serviu de diretoria, secretaria e atelier de costura para o bloco. Foi com o surgimento que Dete - na época, vestibulanda - passou a desenvolver as vestes, sem pensar no que aquele trabalho se tornaria ao longo dos anos. E lá se foram 50 anos, completados em 2023, nos quais ela tornou-se uma das figuras mais importantes para as festividades do Ilê Aiyê. Dete tem seu próprio método que consiste basicamente em seguir a silhueta de cada mulher que ela produz. "Foi uma visão de todos os espíritos de luz. Eles me deram régua e compasso. Você pega um tecido na sua mão, sem nenhuma costura, e você vai dando forma no corpo da pessoa. Não estudei isso, minha escola foi o terreiro", conta. Segundo Lima, com o surgimento do Ilê, as cores também foram incrementadas, levando em consideração que antes o negro não usava. "Usávamos cores que nos apagavam. Era muito discriminado", diz. Hoje, cheio de cor e estampas próprias, o branco significa "paz", o amarelo "ouro e poder", o vermelho é "sangue derramado dos antepassados", e o preto a cor negra.                                     

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