Cerca de 50% dos brasileiros financiaram dinheiro para compra de carro próprio, diz pesquisa
16% dos brasileiros contrataram algum tipo de financiamento de abril do ano passado até abril deste ano

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em pesquisa realizada em abril pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), aponta que um dos bens de consumo que os brasileiros mais financiaram dinheiro em 2018, foi para a compra do carro próprio. Cerca de 50% dos consumidores que contrataram financiamento no ano passado utilizaram do serviço para a compra de veículos.
Além disso, a pesquisa aponta que 16% dos brasileiros contrataram algum tipo de financiamento nos últimos 12 meses anteriores abril deste ano, crescendo em 6% em comparação a última pesquisa.
Além dos automóveis, outras razões mencionadas pelos entrevistados que contrataram financiamento foram a aquisição de eletrônicos e de eletrodomésticos, com 15% e 14%, respectivamente.
O levantamento ainda mostra que 42% dos itens comprados foram motivados pelo desejo pessoal dos consumidores, sendo que apenas, 28% compraram por necessidade e outros 16% realizaram empréstimos para ajudar amigos ou familiares.
Bolso dos consumidores
82% dos consumidores garantem ter checado orçamento antes de contratar financiamento, contudo, a pesquisa aponta que em média os consumidores brasileiros dividiram em 19 parcelas para pagar as suas compras, o que indica um longo período de compromisso financeiro que pode afetar as finanças pessoais ou familiares por um tempo.
Ainda assim, 10% resolveram arriscar sem verificar a real possibilidade de cumprir com as prestações ao longo do período contratado.
76% dos entrevistados afirmam estar com todas as prestações em dia, enquanto 14% possuem pelo menos uma parcela em atraso. Quase 40% dos que atrasaram o pagamento foram negativados pela inadimplência com as parcelas do financiamento.
A pesquisa
A pesquisa ouviu 805 consumidores de 18 anos ou mais, ambos os sexos e todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,4 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.