5G: Huawei já tem aceitação de 60% da União Europeia
No Brasil, um grupo na Câmara tenta comprovar a segurança dos sistemas da Huawei

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Em meio à guerra geopolítica imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a maior fabricante global de telecomunicações, a Huawei, para impedir o avanço da sua tecnologia de quinta geração de serviços móveis (5G), a empresa já obtém a maior aceitação da União Europeia, com 60% dos países que passaram a adotar a tecnologia 5G. Os demais 40% ainda não tomaram uma decisão.
Um dos últimos países a aderir a presença da fabricante chinesa foi a Alemanha, que aprovou uma nova lei de segurança de redes que permite o uso do 5G, mas, em troca, exigiu garantias sobre a segurança de seus equipamentos.
No Brasil, o Grupo de Trabalho 5G da Câmara dos Deputados tenta comprovar a segurança dos sistemas da Huawei, em uma reação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se opõe ao presidente Jair Bolsonaro, que aderiu à briga comercial dos EUA contra a China.
Mais de 90% das instalações de 4G no Brasil são divididas entre a Huawei e a sueca Ericsson, ficando outros fornecedores com os 10% restantes. Dos 90%, a Huawei detém fatia de 40% a 45% dos rádios instalados, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Motta.
“Os fornecedores globais já atuam no país nas tecnologias 4G, 3G e 2G. Uma eventual restrição a fornecedores do 5G pode atingir também a integração com a infraestrutura já em operação, com consequências diretas nos serviços oferecidos e custos associados, mais uma vez prejudicando os cidadãos brasileiros usuários dessa infraestrutura”, afirmou a Conexis.