60% da população concentrou gastos em serviços essenciais, diz estudo
42% dos entrevistados acreditam que a retomada econômica só virá no segundo semestre

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Seja trabalhador autônomo ou informal, de carteira assinada ou empresários, todos serão afetados de alguma forma pela crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19). Um estudo do Instituto de Pesquisa & Data Analytics Croma Insights apontou que durante o isolamento social 60% das pessoas não adquiriram nenhuma novo bem de consumo, como televisores, geladeiras, automóveis, etc.
A pesquisa também registrou que 42% da população acredita que a retomada da atividade econômica do país retornará no segundo semestre deste ano, e essa seria a razão da decisão de suspender os gastos. “As incertezas levaram os consumidores a se concentrarem em despesas essenciais, como alimentação e medicamentos, adiando os planos de trocar de carro, de comprar uma televisão maior ou de adquirir itens que podem ficar para depois”, diz o economista Renato de Carvalho, da Universidade Estadual de Londrina em entrevista ao Correio Braziliense.
O estudo da Croma Insights entrevistou 8.079 pessoas entre 15 de fevereiro e 28 de abril, analisando o comportamento do brasileiro na pandemia. A metodologia usada foi o painel on-line Toluna aplicada em todo o Brasil. E teve como objetivo compreender os padrões comportamentais e a percepção dos consumidores em relação a marcas e empresas.
Em relação ao futuro e ao retorno à normalidade, 27% dos entrevistados acreditam que nós próximos dois meses o país estará com a situação restaurada, enquanto 42% acreditam que só depois do segundo semestre as atividades voltarão a normalidade, 19% em três meses e 23% em quatro ou mais meses. Outros 8% não souberam responder.


