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6,5 milhões de brasileiros podem ser classificados como ultraconservadores, aponta pesquisa

Levantamento do Instituto Locomotiva ouviu a opinião de 2.600 pessoas

Por Da Redação
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6,5 milhões de brasileiros podem ser classificados como ultraconservadores, aponta pesquisa

Foto: Anna Kapustina/Pexels

Uma pesquisa inédita do Instituto Locomotiva, feita por telefone com 2.600 pessoas de 71 cidades do Brasil, apontam que 4% do eleitorado brasileiro - o que equivale a 6,5 milhões de pessoas - defendem ideias classificadas como ultraconservadoras. 

Para chegar a essa conclusão, o levantamento selecionou um núcleo de entrevistados que respondeu afirmativamente a três questões: 1) o Estado brasileiro não deve ser laico, mas cristão; 2) as pessoas devem ter mais acesso ao porte de armas; 3) as mulheres são melhores para fazer atividades domésticas. Dentro do universo total de entrevistados, 24% concordaram com a primeira afirmação estimulada, 28% com a segunda, 17% com a terceira e 4% com as três. Esse último grupo, então, respondeu a outro questionário com temas como cotas raciais, casamento gay e urnas eletrônicas. 

No segundo questionário, dentre os 6,5 milhões de eleitores, 63% dos entrevistados opinaram  que cotas para negros prejudicam a sociedade, 70% disseram que as pessoas do mesmo sexo não podem se casar e 54% pregaram que a polícia tem de ser violenta para combater o crime. A polêmica do voto impresso também entrou no questionário: 63% desconfiam das urnas eletrônicas. 

"Existe um componente messiânico nessa parcela do eleitorado", afirmou Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. Em outro ponto, 43% dos ultraconservadores disseram que a "revolução" de 1964 foi "boa", e 70% dizem que a Bíblia tem a receita completa do que é certo e errado. No universo ultraconservador, 60% são homens.

O cientista político José Álvaro Moisés, coordenador do grupo de pesquisas sobre a qualidade da democracia do Instituto de Ensinos Avançados da USP diz que "o grupo que é mais diretamente defensor do presidente tem uma característica ultraconservadora, autoritária e machista". 

Meirelles reafirma a fala do cientista político ao dizer que 6,5 milhões de brasileiros defendem posições que são as principais de grupos extremistas, como o Taleban no Afeganistão, e que "esse perfil certamente esteve nas ruas no dia 7 de setembro", em que ocorreram as manifestações a favor do presidente Bolsonaro e que pediam a o fechamento do STF e prisão de ministros.

 

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