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689 civis são atingidos por ataques com bombas de fragmentação na Ucrânia

Relatório foi apresentado pelo Instituto das Nações Unidas para Pesquisa de Desarmamento, Unidir, em Genebra

Por Da Redação
689 civis são atingidos por ataques com bombas de fragmentação na Ucrânia
Foto: UNICEF/Ashley Gilbertson VII Photo

O relatório Monitor de Munição de Fragmentação 2022, lançado esta semana pela Coalizão de Munição de Fragmentação, destaca o uso extensivo de explosivos de fragmentação pela Rússia desde a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro. 

O documento mostra que nesse período, ataques com esses dispositivos em território ucraniano resultaram na morte ou ferimento de  pelo menos 689 civis, danificando casas, hospitais e escolas. O relatório foi apresentado pelo Instituto das Nações Unidas para Pesquisa de Desarmamento, Unidir, em Genebra.

A Ucrânia relatou, neste ano, novos usos de bombas de fragmentação,  onde as forças russas realizaram centenas de ataques. Nenhum outro país registrou o uso deste tipo de armamento.

De acordo com relatórios preliminares, esses ataques resultaram em pelo menos 215 mortos e 474 feridos. O uso de explosivos de fragmentação na Ucrânia ocorreu principalmente em áreas povoadas, e também ameaçou os deslocados internos e aqueles que buscavam ajuda humanitária.

Jeff Meer, diretor executivo de Humanidade e Inclusão dos Estados Unidos, afirmou que esses tipos de explosivos atingem indiscriminadamente e 98% das vítimas são civis.

Ele disse que as forças russas lançaram mão repetidamente deste armamento proibido. Mas que forças ucranianas também usaram várias vezes, e pediu o fim do uso dessas munições. Para ele, os Estados devem pressionar os países para que parem, condenando firmemente e sistematicamente qualquer novo uso e responsabilizando os usuários.

Perigo para o futuro

As bombas de fragmentação são armamentos que contêm várias centenas de mini-bombas chamadas submunições. Projetadas para serem espalhadas por grandes áreas, elas inevitavelmente caem em bairros civis. 

Até 40% dessas bombas não explodem com o impacto, representando uma séria ameaça para a população local nos próximos anos. Assim como as minas, elas podem ser desencadeadas pelo menor contato, matando e mutilando pessoas durante e após os conflitos.

Como não fazem distinção entre civis, propriedades civis e alvos militares, as bombas de fragmentação violam as regras do Direito Internacional Humanitário.

Uso na Síria

De acordo com o relatório, só em 2016 que foi registrado um número tão grande de vítimas desses explosivos, a grande maioria na Síria. O uso de bombas de fragmentação foi usado pelo governo sírio entre 2012 e 2018, e foram amplamente usadas em operações conjuntas sírio-russas.

Em 2021 também foram registradas vítimas de restos desse tipo de armamento, incluindo 37 na Síria, 33 no Iraque e 30 no Laos. Outras foram relatadas no Iêmen, Líbano, Nagorno-Karabakh e Tajiquistão.

Proibição

Em vigor desde 2010, a Convenção de Oslo proíbe o uso, produção, transferência e armazenamento de explosivos de fragmentação. Até o momento, mais de 123 países são signatários desta convenção. Os Estados Unidos não é um deles.

Desde que a Convenção entrou em vigor em 1º de agosto de 2010, 35 Estados-membros destruíram 1,5 milhão de estoques de munições de fragmentação, compostas por 178 milhões de submunições. Isso representa 99% de todas os explosivos deste tipo declarados pelos Estados Partes.

 

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