Cinco anos após o 7 a 1: confira o que mudou de lá pra cá

Desde o fatídico dia 8 de julho de 2018, mudanças extremas foram feitas

Por Da Redação
Ás

Cinco anos após o 7 a 1: confira o que mudou de lá pra cá

Foto: Ian Macnicol/Getty Images

Oscar recebe lançamento em profundidade, corta o zagueiro e manda para o fundo das redes do goleiro Neuer. Era o primeiro gol do Brasil sobre a Alemanha, pena que o adversário já havia marcado outros sete.

Desde aquele fatídico 8 de julho de 2014, quando o Brasil sofreu a maior goleada de sua história, houve muitos questionamentos em relação ao comando técnico da equipe, jogadores, estilo de jogo, entre outros. Como nesta segunda (8), completa cinco anos daquele trágico dia no Mineirão, iremos listar cinco modificações de lá pra cá.

Novo comando técnico

A conquista da Copa do Mundo de 2002, fez de Felipão o técnico ideal da CBF para a disputa do Mundial em casa. Mas a confederação antes de analisar o histórico do técnico, deveria ter analisado o formato de jogo. Aliás, nem o histórico recente era favorável. Felipão fez um trabalho muito abaixo da média no Palmeiras em 2012, sendo um dos principais responsáveis pelo rebaixamento da equipe em 2012. O Brasil de Scolari não era um time organizado e os treinamentos quase sempre eram seguidos de folgas. A Alemanha, campeã da edição, serviu como exemplo, principalmente por ganhar uma partida e no dia seguinte está treinando ao invés de descansar. 

Dunga também decepcionou. Mesmo tendo conquistado dois títulos pela Seleção (Copa América e Copa das Confederações) era perceptível o despreparo para comandar a equipe brasileira. O técnico era apegado a alguns jogadores desconhecidos e sem qualidade para vestir a camisa do Brasil, time sem padrão de jogo e esquema tático. Entrou Tite, um técnico com idéias mais atuais e estudioso, se dedicava a preparar até para as partidas sem relevância, como amistosos.

Fim da Neymar - dependência

É de conhecimento geral da torcida que Neymar é o principal jogador brasileiro em atividade, quando está ausente de uma partida, sua importância fica mais nítida, principalmente porque o craque costuma dar mais mobilidade a equipe, com dribles ou avançando mais perigosamente para a área adversária. Na Copa, sem ele em um dia inspirado, a equipe brasileira não flui, era praticamente toca nele e deixa que resolve. Isso também é por conta do comando técnico de Felipão e Dunga, que sobrecarregavam o craque com a responsabilidade de carregar um time nas costas.

Quando Tite assumiu, outras opções foram vistas, um padrão de jogo e esquema tático foi definido. Surgiram novos talentos, como Phillipe Coutinho, Arthur, Casemiro, Firmino, Gabriel Jesus, que fizeram o jogo fluir. Toda a safra citada, inclusive, foi campeã da Copa América no último domingo (7), sem a presença do craque no time durante toda competição.

Retorno da imposição da camisa verde amarela

A goleada tornou o Brasil chacota mundial, até rivais tecnicamente mais fracos e sem história costumavam fazer piadas da Seleção. A imagem arranhada se prolongou após a equipe ser eliminada ainda na primeira fase da Copa América de 2016, em um grupo que possuía equipes como Equador, Haiti e Peru. Tite assumiu e aí a postura mudou. A Seleção que antes estava ameaçada de não ir pra Copa da Rússia, emplacou uma seguida série de vitórias e apresentava um bom futebol, não somente no território sul-americano, mas também no europeu. Apesar de ter sido derrotada pela Bélgica no Mundial de 2018, o Brasil colheu bons frutos e a volta do respeito a camisa pentacampeã.

Apoio da torcida

A Seleção caiu em desgosto popular diante das eliminações, duras derrotas e campanhas fracas. Nas ruas, quando o assunto Brasil era tocado, as críticas eram cada vez mais frequentes. Com a troca de comando técnico, as coisas mudaram, a equipe canarinho voltava a jogar bola, o jogo não dependia sempre de um chutão pra frente. As sucessivas vitórias trouxeram de volta o apoio da torcida.

Pazes com a imprensa

Dunga e Tite definitivamente não tinham boa relação com parte da imprensa, chegando inclusive a bater boca e discutir com alguns profissionais. Quando as perguntas não os satisfaziam, as respostas quase sempre eram ríspidas e com intenção de cortar logo o assunto. Calmo desde a época do Corinthians, Tite sempre manteve cordialidade com veículos de mídia, mesmo quando a pergunta o desagradava. É mais comum ver em suas entrevistas coletivas risadas e um clima mais favorável, oposto a postura mais séria dos antigos comandantes.

 

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