A Banda dos Corações Partidos lança clipe da potente 'Que Amor é Esse?
Música, com participação da rapper Stella, é um avassalador indie rock do recém-lançado disco 'Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono'

Foto: Manoela Veloso Passos
“Que amor é esse?”, música do recém-lançado segundo disco do grupo sergipano A Banda dos Corações Partidos com participação da rapper Stella, lançou nesta segunda-feira, 12, um videoclipe tão potente e expressivo como a canção, um indie rock denso, com passagens intimistas e outras explosivas, que expõe perspectivas de um relacionado tóxico.
É, sem dúvida, a música mais visceral do disco 'Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono', em que Diane Veloso sente e dramatiza cada palavra cantada, na carne e na alma. O instrumental acompanha a tensão, tanto nos arranjos como nas melodias, entre partes cadenciadas e outras explosivas.
"Amar é sofrer? É manipulação, chantagem, agressão? É possessividade? Não, isso não é amor! É melhor ficar só", reflete Diane em diálogo com a letra e contexto da letra, agora também escancarada em imagens, que se comunicam com a linguagem das artes cênicas.
Assista ao clipe:
Concepção do videoclipe
Sobre o clipe, o diretor Baruch Blumberg comenta sobre esta conexão da música com o teatro.
"A letra me trouxe uma visualidade teatral, com cenários propostos em cima desse palco, que mostra que é palco, mas que também quebra essa parede com a câmera. Além disso, desde o primeiro momento fez sentido ser no teatro, pois a banda carrega todo esse elemento cênico com a força de Diane, que tem o teatro como parte essencial de sua vida".
O clipe, revela Baruch, foi filmado em um dia só. "Montamos todos os cenários e íamos saltando de um para o outro, criando uma coisa orgânica da banda por esses espaços, se misturando ao tecido e as formas e sombras do corpo, as projeções nas fitas".
Auto-observação
“Que amor é esse?”, aponta Baruch, leva o ouvinte - e agora espectador - a um lugar de auto-observação, de se indignar com o qual pouco essa coisa que se chama de 'amor' realmente chega onde talvez deveria.
"E aceitar esse pouco afeta nosso próprio amor. E conseguimos construir uma proposta que se formata em cena, mas também se conecta com os rostos e como todas estamos procurando por isso de alguma forma, mas que cada vez mais temos certeza que um determinado formato não nos satisfaz", ele completa.
A banda
A Banda dos Corações Partidos surgiu da experiência vivida pela vocalista Diane Veloso, também atriz, com uma oficina de teatro melodramático em 2006.
Após essa imersão no mundo da 'dor de cotovelo', A Banda dos Corações Partidos surgiu contando com as cordas elétricas de Abraão Gonzaga, hoje assumidas por Alexandre Marreta, as teclas de Leo Airplane, o choro de Aragão, as escalas em fá de Luno Torres e os rufos de Ch Malves que passou as baquetas para Josimar Seguro.
A banda já participou de eventos como Festival de Artes de São Cristóvão (2019), Virada Cultural de São Paulo (2017), Conexão Vivo em Recife (2009) e Projeto Periférico na Escola SESC do Rio de Janeiro (2012) além de festivais importantes em Sergipe, como Zons e Projeto Verão.
Na discografia lançou em 2012 o EP "Corações Partidos" e em 2014 o disco de estreia homônimo 'A banda dos Corações Partidos'. Em 2017 lançou mais um EP, “Desamor”. O último registro até então lançado foi - em 2019 - o single Offline.