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'A CPI é um erro e não vai trazer efeito algum', declara Arthur Lira

Para Lira, o problema da pandemia não seria resolvido se o acordo com a Pfizer fosse fechado antes

Por Da Redação
'A CPI é um erro e não vai trazer efeito algum', declara Arthur Lira
Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Em entrevista ao GLOBO, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu que ainda que o presidente Jair Bolsonaro tivesse fechado com a Pfizer antes, o problema da pandemia "não teria sido resolvido". O parlamentar lamenta as mais de 500 mil mortes pela Covid-19, mas acredita que tudo isso não é motivo para um processo de impeachment contra o presidente.  

"Neste momento, a CPI é um erro. A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra? Como vai dizer qual é o certo? Até dois meses atrás, o Chile era a nossa referência. Como está hoje? Por que está desse jeito se já vacinou 60%, 70%? No combate à pandemia, não tem receita de bolo pronta. Você não sabe qual variante (predomina), se fica ou sai de lockdown. A CPI polarizou politicamente e não vai trazer efeito algum, a não ser que pegue alguma coisa", comentou.

Para ele, a CPI não está apontando os caminhos importantes e pontua que ainda que o Brasil tivesse fechado com a Pfizer no início das negociações, segundo ele, a diferença seria de três milhões de doses a mais. "É muita dose. Ajudaria muita gente. Mas resolveria o problema da pandemia?", questionou.

"Mas onde ela fechou em agosto, fora nos Estados Unidos e em Israel? Tinha 500 mil doses num canto, 100 mil doses em outro. Não tinha nada grande. Israel tem quantos habitantes? Seis milhões? Um país riquíssimo, com todas as proteções. Num país como Portugal, três milhões de doses vacinam 30% da população. Três milhões de doses no Brasil não vacinam Alagoas", completou.

Ao ser instigado sobre um possível processo de impeachment do presidente Bolsonaro, Arthur diz que "falta circunstância" e "um conjunto de coisas". "Veja bem, não estou faltando com respeito a nenhuma vítima. 499 mil, 501 mil, são todas significativas como uma vida. Pelo amor de Deus! O que estou dizendo é que o impeachment não é feito só disso", declarou.

O presidente da Câmara também comentou sobre a disputa eleitoral em 2022, que será entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Para ele, não há possibilidade de existir uma terceira via.

"Lula é um player importante. Presidente duas vezes. O que eu não acredito é em terceira via. Não tem condição. No Brasil, nunca houve isso. Ao menos depois da volta do voto para presidente. Foi Collor e Lula (em 1989), depois anos de Lula contra o PSDB e a Dilma também (contra o PSDB). E, em 2018, o Bolsonaro substitui o PSDB na disputa com o PT. O PT está sempre lá. Por que não estaria nessa?"

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