'A pandemia foi uma chamada para a gente pensar o impensável', diz CEO

Marcus Vinícius diz que é necessário acompanhar como as gestoras enxergam a pandemia para o pós-crise

Por Da Redação
Ás

'A pandemia foi uma chamada para a gente pensar o impensável', diz CEO

Foto: Reprodução

Como o mundo e mercado financeiro vão se comportar no pós-crise é uma das questões mais emblemáticas que ainda busca respostas. Em entrevista ao NeoFeed, o CEO da Franklin Templeton no Brasil, Marcus Vinicius Gonçalves, que conta que o primeiro passo é acompanhar o que as principais gestoras estão fazendo e como estão enxergando a crise causada pelo novo coronavírus. 

A empresa possui US$ 600 bilhões sob gestão em todo o mundo, desses, US$ 9,56 bilhões são de operações realizadas no Brasil. No início de fevereiro, a gestora anunciou a compra da rival Legg Mason por US$ 4,5 bilhões em dinheiro, e ainda pagou cerca de US$ 2 bilhões de dívidas.

Vinícius disse ainda, que durante esse processo de pandemia, com as empresas com a renda impactada pelo novo coronavírus, passarão a pressionar os bancos para solicitar crédito. "No fim das contas, os bancos serão os grandes financiadores e arcarão com grande parte da inadimplência que vai começar a acontecer nos próximos meses. Mas também serão pressionados em relação ao que sempre foi uma grande vantagem competitiva para eles: a presença física, a capilaridade, as agências, explicou.

O empresário explica também que a pandemia talvez tenha vindo como uma proposta de pensar um novo e despertar os investidores dos riscos de mudanças. "O cenário do aquecimento global ganhou corpo e, cada vez mais, os clientes querem saber como nos posicionamos em relação a isso. Querem saber como as empresas em que investimos se comportam em relação a discussões socioambientais. A pandemia foi uma chamada para a gente pensar o impensável", frisa.

Marcus Vinícius citou também que as manchetes do Brasil não colaboram com as tentativas de negociação com investidores estrangeiros. "Quando vou apresentar o Brasil e me dão uma hora num call global, tenho de passar os primeiros 15 minutos para explicar as manchetes negativas, não só em relação ao imbróglio político e a questão de como o coronavírus tem sido enfrentado como também o fator ambiental", disse.

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