"A população não está entendendo porque não se investiga também o Consórcio Nordeste", diz Eduardo Girão
Senador cearense comenta desdobramentos da investigação sobre os atos do governo na CPI da Covid

Foto: Reprodução/Senado Federal
Titular na CPI da Covid, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) comentou em entrevista na manhã desta terça-feira (6), sobre a mudança nas pautas a serem abordadas pela comissão, que no dia de hoje, irá ouvir o depoimento de Regina Célia Silva Oliveira, servidora do Ministério da Saúde apontada como responsável por conceder a autorização do contrato de aquisição da vacina Covaxin.
"Mais uma vez, soube através da imprensa que foi mudada a pauta de madrugada, tirando requerimentos importantes para que a gente possa votar (...) ninguém entende por que que não se observa a questão de estados e munícipios (...), a população não está entendendo porque que não se investiga também o Consórcio Nordeste.", disse Girão.
Os requerimentos aos quais o senador se refere, envolvem o ex-secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, que foi afastado do cargo após a polêmica envolvendo a compra de respiradores que nunca entregues e Cristiana Prestes, dona da empresa Hempcare, empresa contratada pelo Consórcio que nunca entregou os respiradores, o que acabou provocando a prisão dela e do sócio, Luiz Henrique Ramos, em junho do ano passado.
"Em delação, (ela) deu nome de pessoas poderosas, inclusive dois ex-ministros de governos anteriores, umas coincidências incríveis dita pela própria CGU, uma doação desses respiradores para Araraquara. O que que tem a ver Nordeste com Araraquara, em São Paulo (...), então me parece que tem algo pra gente puxar e a CPI não pode simplesmente negar a olhar a corrupção em estados e municípios.", reforçou o senador.


