Abertura de pequenos negócios segue em alta mesmo em cenário econômico dificil, aponta Sebrae
No primeiro trimestre deste ano, foram criadas 954 mil empresas MEI, microempresas e de pequeno porte.

Foto: Tania Rego/Agencia Brasil
Segundo levantamento realizado pelo Sebrae, a partir de dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), a abertura de pequenos negócios segue em alta no país, mesmo com dificuldades em razão do atual cenário econômico.
Mesmo apresentando um pequeno recuo no primeiro trimestre de 2022, na comparação ao mesmo período do ano passado, o número de empresas abertas continuou sendo superior ao registrado em 2019 e 2020, período pré-pandemia.
Segundo o Sebrae, no primeiro trimestre deste ano foram criadas 954 mil empresas, entre microempreendedores individuais (MEI), microempresas e empresas de pequeno porte. No mesmo período de 2019 e 2020 foram abertos, respectivamente, 762 mil e 843 mil pequenos negócios.
Em 2021, no entanto, o resultado foi de pouco mais de 1 milhão de novos empreendimentos. Dentre as dez atividades que mais registraram empresas no primeiro trimestre de 2022, se destacam a moda, saúde e construção.
A queda no número de novos negócios nos três primeiros meses do ano pode ter sido ocasionada pelo empreendedorismo por necessidade no Brasil, que apontava, em 2021, uma redução de 1,5 pontos percentuais na taxa de empreendedorismo deste tipo, que é um fator que influencia muitos empreendedores (em especial os MEI) ao escolherem abrir o próprio negócio para buscar uma fonte de subsistência.
“A pandemia teve início em 2020 e, junto com ela, cresceu a quantidade de desempregados, motivados, em muitos casos, pelo grande número de restrições nas atividades econômicas. Com a vacinação e o arrefecimento das medidas restritivas, as empresas voltaram a funcionar e a contratar, o que pode ter reduzido o empreendedorismo por necessidade”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
Atividades
Entre os MEI, o primeiro lugar da lista com o maior número de abertura é a atividade de comércio de artigos de vestuário e acessórios, com 43,7 mil pequenos novos negócios nos três primeiros meses deste ano. O segmento se destaca também entre as microempresas (ME), ficando em terceiro lugar, e nas empresas de pequeno porte (EPP), chegando a 4 mil e 677 empreendimentos, respectivamente.
Os três primeiros classificados são os mesmos para as ME e EPP. Em primeiro lugar, estão os serviços combinados de escritório e o apoio administrativo, seguidos da atividade médica ambulatorial restrita às consultas e ao comércio de artigos de vestuário e acessórios.