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Abin paralela: esquema de monitoramento incluiu Gregório Duvivier e errou ao identificar "Alexandre de Moraes"

Investigação sobre ações da entidade teve o sigilo retirado pelo ministro do STF nesta quarta-feira (18)

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Abin paralela: esquema de monitoramento incluiu Gregório Duvivier e errou ao identificar "Alexandre de Moraes"

Foto: Porta dos Fundos

O nome do humorista Gregório Duvivier aparece entre os alvos de monitoramento da chamada “Abin paralela”, segundo relatório da Polícia Federal (PF). A investigação apura o uso indevido de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e teve o sigilo levantado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tambémi alvo do esquema de rastreamento.

De acordo com a PF, um agente da Abin teria utilizado o sistema FirstMile para buscar informações sobre um homem chamado Alexandre de Moraes Soares, residente em São Paulo, mesmo nome e cidade de origem do ministro do STF, o que levantou suspeitas de erro ou tentativa de disfarce.

As diligências mostram que o FirstMile, adquirido por cerca de R$ 5,7 milhões, foi acionado mais de 30 mil vezes para rastrear localização de celulares a partir de antenas telefônicas, sem autorização judicial. Entre os monitorados, estão ministros do STF, parlamentares, jornalistas e servidores da própria Abin.

Moraes tira sigilo de relatório da PF sobre 'Abin paralela'

Monitoramento de Duvivier

O texto cita que que foi solicitado o levantamento de um dossiê sobre o ator e cofundador do canal "Porta dos Fundos", humorista conhecido por seu posicionamento político e por usar o programa "Greg News" (da HBO) para comentar e satirizar temas da política brasileira, com críticas frequentes ao bolsonarismo, à condução do governo na pandemia, à política ambiental e ao discurso autoritário do ex-presidente.

O pedido para monitorar Gregório partiu do ex-chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin, Marcelo Araújo Bormevet. O policial federal era homem de confiança do então diretor da agência, delegado Alexandre Ramagem. Vale lembrar que Bormevet foi preso em operação da PF no início de julho do ano passado.

Os investigadores afirmam que, no documento, "Bormevet e Giancarlo tiveram papel de destaque na organização criminosa (ORCRIM) em especial na tarefa de produção e difusão de desinformação".

E complementam: "As campanhas de desinformação eram produzidas pelos servidores a partir de dados disponíveis que eram sistematicamente distorcidos no interesse da organização. Os servidores foram responsáveis por inúmeras ações de “caçar podres” e ataque sistemático contra aqueles que interferissem na obtenção das vantagens perseguidas pela ORCRIM".

O "Alexandre de Moraes" errado

A companhia também chegou a conclusão de que, em busca de informações sobre Moraes, a chamada pode ter monitorado um homônimo do magistrado por engano.

"O registro, por exemplo, associado à pesquisa de 'ALEXANDRE DE MORAES SOARES' não apresenta nenhuma justificativa, levando à plausibilidade de terem sido realizadas 3 pesquisas do homônimo do excelentíssimo ministro relator no dia 18/05/2019. O homônimo alvo da pesquisa, ainda, reside no Estado de São Paulo", afirma relatório da PF.

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