Adotar, ressignificar o sentido de amar
Confira o editorial desta terça-feira (25)

Foto: Arquivo/Agência Brasil
O número de crianças e adolescentes no Brasil que estão à procura de um lar é grande. Segundo dados do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA), atualmente são mais de 50 mil crianças e adolescentes em abrigos esperando por uma família, sendo que destes, pouco mais de 5 mil estão disponíveis para a adoção no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
É neste cenário desolador que se lembra o Dia Nacional da Adoção a cada 25 de maio, na verdade, um alerta e reflexão à sociedade sobre assunto.
A alteração do perfil para a criança real e não para a idealizada é um ponto a se celebrar. A abertura, ainda tímida, das portas dos abrigos é outro, além do fato de dar rosto e voz às crianças através do esporte.
Apesar dos ganhos, há muito o que melhorar, principalmente no que se refere a crianças maiores, adolescentes, grupos de irmãos, e pequenos com patologias crônicas e deficiência. São esses que precisam ser mais assistidos, pois, infelizmente, são os últimos a serem lembrados nos atos de adoção e acabam permanecendo nos abrigos.
Com o alerta feito pela data, que se desperte uma conscientização maior sobre o número de crianças e adolescentes que estão à procura de um lar, e que todos eles recebam o carinho que merecem.
Adotar é um ato de coragem. Assim podemos definir a adoção. Adotar um (a) filho(a) é adotar um ser humano com todas as suas complexidades e com todas as boas e “más” relações que farão parte da criação de vínculos e histórias entre mães, pais e filhos (as).
Quem decide acolher uma criança ou adolescente em sua casa, não só cumpre o propósito de garantir o direito à família, mas atribui um novo significado ao sentido de amar.