Segundo as novas recomendações globais da OMS, Organização Mundial da Saúde, os adultos devem aumentar o tempo de atividade física semanal para 300 minutos, ou seja, até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias. O documento foi publicado ontem (25) e reforça a importância do exercício para combater riscos do sedentarismo. 

A atividade física reduz risco de morte por doença cardiovascular, hipertensão, diabetes tipo 2, além de trazer benefícios para a saúde mental, saúde cognitiva, sono e memória.

Segundo a última diretriz da OMS, em 2010, as pessoas deveriam alcançar "pelo menos" 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercício de alta intensidade por semana. "Essas diretrizes especificam um intervalo de 150-300 minutos de intensidade moderada e 75-150 de atividade física de alta intensidade. As diretrizes de 2010 se concentravam em alcançar pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade alta por semana".

Segundo psiquiatra Daniel Barros, durante a prática de exercícios nosso corpo produz endorfina, substância que promove a sensação de bem-estar no organismo. "A atividade física mais intensa requer um esforço. Isso traz desgaste e por conta disso, o organismo libera um 'analgésico natural', que é a endorfina. Ela que traz a sensação de bem-estar, ela traz um alívio". Além disso, as atividades físicas ajudam a reduzir níveis de estresses, melhoram a concentram e o sono.  

A prática regular de atividade física tem sido uma importante forma de tratamento para a insuficiência cardíaca. Para o cardiologista Nabil Ghorayeb, a atividade física é amiga do coração. "Manter-se ativo ainda é a melhor alternativa para evitar doenças cardiovasculares. A atividade física traz qualidade de vida e longevidade”. 

Segundo ele, os exercícios físicos também melhoram a circulação e pressão arterial, além do batimento cardíaco e da musculatura. “Além dos benefícios para o corpo, o exercício aumenta a oxigenação do cérebro. Ou seja, pessoas ativas tem menos risco de ter Alzheimer do que os sedentários, por exemplo”.

De acordo com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, em 2019 a expectativa de vida do brasileiro ao nascer foi de 76,6 anos.