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Advogada baiana pede indenização de R$ 571 mil a Bolsonaro por divulgação de tratamento precoce

Mulher foi diagnosticada com a Covid-19 duas vezes e, hoje, tem sequelas devido à doença, como perda de memória e queda de cabelos

Por Da Redação
Ás

Advogada baiana pede indenização de R$ 571 mil a Bolsonaro por divulgação de tratamento precoce

Foto: Reprodução/Facebook Jair Bolsonaro

Uma advogada baiana de 34 anos entrou com uma ação na Justiça Federal da Bahia contra o presidente Jair Bolsonaro. Ela pede indenização de R$ 571 mil por ter divulgado o “tratamento precoce” contra o novo coronavírus, mesmo sem ter eficácia cientificamente comprovada. 

Manuela Menezes, a advogada, foi diagnosticada com a Covid-19 duas vezes neste ano, chegando a ficar internada em uma delas e sendo tratada com medicamentos do chamado Kit Covid, defendido pelo presidente da República. Ela conta que o médico que a atendeu teria, inclusive, citado o presidente da República para convencê-la a usar os remédios. Hoje, a advogada tem sequelas devido à enfermidade, como queda de cabelo e perda de memória.

“Estou passando situações vexatórias no meu trabalho. Tenho dores de cabeça diariamente. Não consigo nem mais pentear meu cabelo com rabo de cavalo, pois meu cabelo cai muito deste então, tenho vários buracos. Cheguei ao ponto de pensar se foi bom ter sobrevivido à Covid; se isso é uma benção ou uma maldição. O que espero de um governante é que ele seja responsabilizado. Queria que as autoridades tivessem mais atenção aos sobreviventes do vírus”, diz Manuela ao se referir às sequelas que adquiriu após o tratamento com o Kit Covid.

A advogada ainda complementa dizendo que o tratamento a deixou com sérios problemas psicológicos e físicos e isso a obriga a tomar medicamentos que "são remédios para pessoas que têm acima de 70 anos, para memória", conta Manuela.

A ação movida por Manuela será julgada na 1ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia (SJBA).

Caso ganhe, a baiana deverá direcionar o dinheiro a fundos de Saúde, do município de Feira de Santana e do estado da Bahia, “com determinação do uso de valores para o combate e tratamento de Covid-19”. 

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou em nota que não houve intimação no mencionado processo. A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República não se manifestou. 

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