Vídeo: Advogado de Braga Netto diz acreditar na absolvição do general em julgamento sobre tentativa de golpe de Estado
Braga Netto é réu do chamado núcleo crucial da trama golpista; julgamento iniciou nesta terça-feira (2)

Foto: Fellipe Sampaio/STF
O advogado José Luis Oliveira Lima, representante legal do general Walter Braga Netto, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, disse acreditar na absolvição do cliente. [Assista no final da matéria]
“Como eu estudei esse processo, das folhas que foram disponíveis às defesas, falando em nome de Walter Souza Braga Netto, eu confio na absolvição do meu cliente", declarou nesta terça-feira (2), em conversa com jornalistas, minutos antes do início do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista.
Braga Netto está preso desde o dia 14 de dezembro do ano passado. Ele é suspeito de tentar obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no processo.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), aceita pelo STF, ex-ministro da Defesa e candidato a vice ao lado de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto coordenou reuniões para a implementação do plano “Punhal Verde Amarelo”, que planejava matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Braga Netto teria ainda supervisionado pressões sobre militares que resistiam ao golpe e seria responsável pelo “gabinete de crise” após a ruptura.
A defesa sustenta que o ex-ministro não teria participado das articulações golpistas, apesar de estar no núcleo duro do governo e ter integrado a campanha presidencial derrotada.
Ao todo, o grupo é acusado por cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.
Além de Braga Netto, os réus são:
• Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
• Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Abin;
• Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
• Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
• Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
• Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
• Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, que assinou delação premiada.
O julgamento iniciou na manhã desta terça-feira e tem sessões previstas previstas para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro. A expectativa é que o julgamento possa se estender por até 27 horas.
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