Advogados denunciam Sérgio Moro à Comissão de Ética Pública
De acordo com os profissionais, Moro negociou vaga no STF

Foto: Reprodução / Agência Brasil
Um grupo de 14 advogados entrou com uma denúncia contra o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, na Comissão de Ética Pública da Presidência. Os juristas pedem que seja investigada a suspeita de que Moro teria aceitado interferências na pasta em troca de uma indicação à vaga no Supremo Tribunal Federal. O ex-ministro nega que tenha cometido a irregularidade.
Segundo o documento, os juristas afirmam que Moro cometeu eventuais desvios éticos e identificam uma ilegal vinculação da aceitação do cargo público pelo ex-ministro com os interesses pessoais privados. O próprio ex-juiz afirmou em coletiva de imprensa que pediu pensão ao presidente Jair Bolsonaro para os familiares, caso viesse ocorrer algo com o então ministro à frente da pasta.
Os autores da denúncia também consideram como omissão de Moro deixar de reportar às autoridades competentes atos ilícitos praticados pelo presidente Jair Bolsonaro, dos quais teve ciência enquanto exercia a função de ministro. Os advogados pedem que o ex-juiz seja ouvido no prazo de cinco dias e que a conclusão das investigações seja levada ao Ministério Público Federal.
Assinam a petição os advogados Celso Antônio Bandeira de Mello, Lênio Streck, Carol Proner, MarceloNeves, José Geraldo de Sousa Jr., Kenarik Boujikian, Antonio Maués, Vera Araújo, Marcelo Cattoni, Gisele Citadinno, Geraldo Prado, Weida Zancaner, Fábio Gaspar e Marco Aurélio Carvalho.
A denúncia completa pode ser acessada ao clicar aqui