“Ainda há muito o que apurar”, diz Eliana Calmon sobre vendas de decisões judiciais
Advogada de um dos envolvidos, Eliana Calmon deixou a causa em setembro deste ano
Foto: Agência Brasil
A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, afirmou ao site Farol da Bahia que não recebeu com surpresa a notícia sobre a operação que a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19), contra quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça da Bahia suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de decisões judiciais e grilagem de terras.
Um dos envolvidos no esquema, José Valter Dias, foi cliente de Eliana Calmon até setembro deste ano, no processo que envolve 366 mil hectares de terras no oeste da Bahia.
“Renunciei ao caso quando percebi que estava tomando formas obscuras e transversais. Deixou de ser uma questão republicana”, frisou Eliana Calmon.
De acordo com a ex-corregedora nacional da Justiça, quando assumiu o caso de José Valter Dias, tinha nas mãos um relatório policial defendendo o cliente. “O direito dele é bom, ele teve causa ganha em 2016, este processo é muito longo, tem mais de 30 anos. Ainda há muito coisa para aparecer”, revelou.
