Ajustes e gargalos

A semana começou agitada em Brasília devido à altividade do governo federal: o Planalto apareceu com um novo projeto para ampliar o Bolsa Família. 

A ideia é postergar o pagamento de valores devidos após ações judiciais (os precatórios) e absorver algo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Seriam os primeiros traços do Renda Cidadã, que segundo o senador Marcio Bittar, deve ter R$ 30 bilhões a mais do que o Bolsa Família. O valor do benefício, no entanto, ainda é um conta que o governo terá de equacionar, claro, em caso do projeto avançar.

A proposta, no entanto, é criar um gasto permanente como este novo programa social, usando recursos do Fundeb, o fundo para educação que está fora do teto de gastos (regra que proíbe que despesas cresçam em ritmo superior à inflação). 

Só é ainda incerto sobre o adiamento do pagamento de parte dos precatórios, afinal, a dívida não deixará de existir. Parece que ainda faltam ajustes e são nestes gargalos que o Planalto deve focar para tirar o Renda Cidadã do papel.