A Alemanha enfrenta a onda mais intensa da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Nesta quinta-feira (25), o país superou as 100 mil mortes e registrou um novo recorde diário de casos desde o início da pandemia: 75.961 novas infecções. No total, foram registradas 351 vítimas do vírus nas últimas 24 horas.

A pandemia é o principal desafio para o futuro governo, que deve assumir o poder em dezembro e será formado por social-democratas, verdes e liberais. "A situação é terrível", admitiu Olaf Scholz, líder social-democrata que sucederá a conservadora Angela Merkel como a futuro chanceler da Alemanha.

Neste momento, especialistas se preocupam ainda mais com a rápida disseminação do novo coronavírus. As pessoas não vacinadas contra a Covid-19 são, ainda de acordo com os especialistas, as mais afetadas pela nova onda. O vírus tem se propagado por toda Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil mortes em uma semana. 

Vacinação

Na Alemanha, a taxa de vacinação da população completamente imunizada é de quase 69%, abaixo de outros grandes países europeus como Espanha, França ou Itália. No momento, a futura coalizão de governo descarta a ideia de um confinamento nacional e aposta no uso generalizado de um certificado de vacinação nos transportes e restrições de acesso para os não vacinados a certos lugares.

Na União Europeia, 67,7% da população recebeu duas doses da vacina contra a covid, mas as diferenças são notórias: apenas 24,2% dos búlgaros estão imunizados, contra 86,7% dos portugueses.