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Ele fica no cargo por quatro anos e ocupa a função em período parcial e de forma não remunerada, a partir de seu país de origem
FOTO: Reprodução
O general Ahmed Nasser Al Raisi, inspetor-geral do Ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos foi eleito, nesta quinta-feira (25) em Istambul, presidente da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Al RaisI é alvo de denúncias de torturas na França e Turquia.
O estatuto da Interpol destina ao presidente um papel sobretudo honorário, e o comandante oficial da organização é o secretário-geral Jürgen Stock, que foi reeleito em 2019 pra o cargo, para seu segundo mandato de cinco anos.
O presidente da Interpol atua no cargo por quatro anos e ocupa a função em período parcial e de forma não remunerada, a partir de seu país de origem.
Vários analistas têm mostrado preocupação com a chegada de Al Raisi à presidência da organização. De acordo com organizações de defesa dos direitos humanos e legisladores europeus, sua eleição afetará a Interpol.
"Estamos convencidos de que a eleição do general Al Raisi afetaria a missão e a reputação da Interpol", escreveram a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, e três deputados europeus, inclusive Marie Arena, presidente da subcomissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu.
Al Raisi recebeu várias acusações de tortura nos últimos meses na França, onde fica a sede da Interpol, e na Turquia, país que recebe a assembleia geral da organização deste ano.
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