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Aliados de Bolsonaro fazem paralelo com Lula e torcem por permanência na PF, mas temem Papuda

Lula ficou preso também numa superintendência da PF, mas em Curitiba, por 580 dias

Por FolhaPress
Às

Aliados de Bolsonaro fazem paralelo com Lula e torcem por permanência na PF, mas temem Papuda

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm feito um paralelo com a prisão do presidente Lula (PT) na Lava Jato ao manifestar expectativa de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mantenha o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Lula ficou preso também numa superintendência da PF, mas em Curitiba, por 580 dias. Ele foi solto em 2019. Aliados do ex-presidente, quando vão comentar a situação, citam o petista e avaliam que Moraes pode optar por uma equivalência de tratamento na sua decisão. Eles dizem que, se ele determinar a ida de Bolsonaro para um presídio, a opinião pública pode virar e ficar favorável a eles.

O principal temor é uma determinação de cumprimento de pena em regime fechado na Papuda, o que é possível, já que a chefe de gabinete de Moraes visitou as instalações do local recentemente. Mas há uma unanimidade no entorno do ex-presidente de dizer que a decisão do magistrado é imprevisível.

Tanto a defesa quanto parlamentares e aliados têm intensificado o argumento de que o quadro de saúde do ex-presidente está deteriorado para demandar o retorno para prisão domiciliar. Na última sexta, antes da prisão preventiva, os advogados alegaram risco à vida caso ele deixasse a casa.

Além disso, consideram que o envio para um estabelecimento militar seria o segundo melhor cenário, mas isso é considerado improvável até mesmo por eles. Portanto, passaram a torcer para que ele permaneça na superintendência.

Esse tipo de estabelecimento na PF é chamado de sala de Estado-Maior, não tem o convívio com outros detentos e há maior conforto do que num presídio. A cela de Bolsonaro é um quarto de 12 m², com televisão, ar-condicionado, banheiro privado e uma escrivaninha.

A instalação ainda é provisória. Inicialmente, não havia atendimento médico disponível, o que foi determinado depois por Moraes. Os médicos de Bolsonaro também se preocupam com a falta de espaço para exercícios físicos, o que pode ser uma demanda da defesa, num segundo momento.

A alimentação também está sendo feita pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e entregue por auxiliares diariamente, conforme as regras estabelecidas pela própria PF, numa vasilha transparente.

Moraes permitiu a visita sem necessidade de autorização prévia dos seus advogados e médicos. Além disso, o ex-presidente esteve com Michelle por meia hora no domingo (23), e estará com os filhos Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan (PL) nesta terça (25).

Cunhado de Bolsonaro e pré-candidato a deputado federal, Eduardo Torres também foi levar itens pessoais e remédios para o ex-presidente. Nesta segunda-feira, ele chegou ao prédio com uma bolsa térmica.

A Polícia Federal prendeu preventivamente Bolsonaro na manhã deste sábado (22), em Brasília, na reta final do processo da trama golpista no STF. Em vídeo e relatório divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, o próprio Bolsonaro confessou ter tentado abrir a tornozeleira eletrônica.

O ex-presidente estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto e foi levado pela PF sob justificativa de garantia da ordem pública diante de tentativa de violar tornozeleira e por causa de uma vigília convocada por Flávio.

Integrantes do STF afirmam que uma decisão sobre prisão definitiva poderia ser dada já na terça-feira (25), caso Moraes mantenha o entendimento de que uma segunda apresentação de recursos seria apenas protelatória e não teria capacidade de alterar o resultado do julgamento.

Moraes poderia negar esses recursos de forma individual, determinar o início do cumprimento da pena e enviar o caso para confirmação na Primeira Turma do STF. Essa expectativa leva em conta também o histórico de decisões tomadas por Moraes, os instrumentos à disposição dos advogados do ex-presidente e os caminhos que os ministros podem tomar.

A projeção, conforme advogados ouvidos pela Folha de S.Paulo, considera a rapidez característica de Moraes no caso e a jurisprudência pacificada na corte sobre o cabimento dos chamados embargos de declaração e embargos infringentes.

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