Amazônia registra o maior número de queimadas desde 2007
Em junho de 2021 foram registrados 2.308 focos

Foto: Reprodução/Greenpeace
Em junho deste ano, foram registrados 2.308 focos de calor na Amazônia. Esse é o maior número de queimadas desde 2007, segundo uma análise feita pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Woodwell Climate Research.
São quase 5.400 quadrados de área, quase quatro vezes o município de São Paulo com vegetação derrubada que está sob risco de queimada. Mais de um terço dessa área está concentrada em 10 municípios do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
Em entrevista a Jovem Pam, a diretora de ciência do Ipam, Ane Alencar, destacou a situação como preocupante. “O que tem preocupado ainda mais é que o cenário pode ficar ainda pior porque estamos passando um seca severa. Essa seca tem afetado várias partes do Brasil e vai afetar, já está afetando, o Sul da Amazônia. A gente precisa tomar muito cuidado com essa situação de seca e de fogo que está apenas começando”, pontua.
Ainda conforme Alencar, a medida funcionou em 2019, mas não teve efeito prático em 2020. “A Amazônia pode estar super seca, pode ter muito material para queimar, mas se não tiver quem riscar o fósforo não vai queimar. A moratória do fogo serve para isso, mas ela precisa ter o apoio das instituições para funcionar. Ela precisa ter o caráter punitiva, as instituições precisam atuar de forma articulada para combater o crime relacionado ao desmatamento e ao fogo”, finalizou.