Analistas preveem inflação de 8,51% no fim deste ano

A projeção foi elevada pela 26ª semana seguida, segundo Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo BC

Por Da Redação
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Analistas preveem inflação de 8,51% no fim deste ano

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

A projeção do mercado financeiro para a publicação do IPCA em 2021 está cada vez mais distante da meta instituída pelo Banco Central (BC). Os economistas elevaram pela 26.ª semana seguida a previsão para o IPCA - índice oficial de preços - para este ano. Desta vez, o índice sai de 8,45% para 8,51%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (4).  

A estimativa para o índice em 2022 passou de 4,12% para 4,14%, o 11.º aumento consecutivo. Já as indicadas para 2023 foram mantidas em 3,25% e em 3% para o ano seguinte. O centro da meta para a fonte deste ano é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e para que seja possível alcançá-lo, o BC deve elevar ou reduzir a taxa básica de juros da economia. Caso a meta seja descumprida, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá de enviar uma "carta aberta" ao ministro da economia, Paulo Guedes, para explicar as razões do estouro das contas. A última vez que isso aconteceu foi em janeiro de 2018, devido à inflação do ano anterior ter ficado abaixo do piso da meta.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central diz que a estratégia mais adequada para garantir as metas de 2022 e 2023 (3,25%, com margem de 1,5 ponto porcentual) é a manutenção do ritmo atual de ajuste associado ao "aumento da magnitude do ciclo de ajuste da política monetária para patamar contracionista".

Os economistas ouvidos pelo Banco Central também mantiveram a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 em 5,04%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta de 5,15%. Para 2022, a previsão de expansão do PIB continuou em 1,57%.

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