Anatel alerta para roubo de dados em TV Box não homologados
De acordo com um estudo da Anatel, usuários do InXPlus e do TouroBox têm sido alvos de softwares maliciosos

Foto: Divulgação
Um estudo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), divulgado nesta terça-feira (12), apontou que dois tipos de TV Box não homologados, o InXPlus e o TouroBox, têm sido alvos de softwares maliciosos (malwares) que deixam os usuários vulneráveis.
De acordo com o estudo, criminosos têm utilizado essas vulnerabilidades para roubar dados pessoais dos usuários desses dispositivos e utilizá-los em atividades ilegais.
Em entrevista a jornalistas, a Anatel afirmou que a forma como esses malwares são utilizados é sofisticada. Assim, mesmo com os aparelhos desligados ou reiniciados, os criminosos continuam tendo acesso às informações.
"Esses malwares maliciosos se comunicam com servidores de comando e controle para direcionar o tráfego", explicou a superintendente de Fiscalização, Gesiléa Teles.
"O perigo desses malwares é o roubo de dados, dados sensíveis e comprometimento e toda rede doméstica do usuário, que pode ser acessada", complementou.
Em alguns casos, esses softwares maliciosos já vêm instalados no aparelho adquirido, em outros, o dispositivo é infectado quando o usuário instala aplicativos clandestinos.
Com a infecção, os dispositivos conectados à rede doméstica dos usuários passam a se tornar parte da rede BadBox 2.0. Assim, os criminosos podem controlar remotamente os aparelhos.
Como o roubo de informações acontece silenciosamente, o usuário pode não saber que seus dados estão sendo utilizados em atividades ilícitas, podendo se tornar alvo de investigação policial.
Alguns dos crimes cometidos com as informações dos usuários são: fraudes de anúncios, roubo de credenciais, criação de contas falsas, vendas do acesso às redes e distribuição de malwares para outros aparelhos.
Com isso, a Anatel revelou que atua em diversas frentes para coibir a prática ilegal, como o bloqueio de IPs (endereços virtuais) infectados por malware e a retirada desses aparelhos de circulação.
A reguladora também recomenda que os consumidores sempre comprem aparelhos homologados para evitar danos físicos, como a possibilidade de acidentes, e virtuais.