Esquema envolvendo proprietário da Ultraframa rendeu R$ 1 bi em propina, segundo MP
Operação tem intenção de desarticular um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor varejista

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O empresário Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, Mario Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo foram presos na manhã desta terça-feira (12) ao longo da Operação Ícaro, do MPSP (Ministério Público de São Paulo) que apura um sofisticado esquema de corrupção que, de acordo com investigações, teria rendido mais de R$ 1 bilhão em propina ao fiscal.
A operação foi deflagrada pelo GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos) e tem intenção de desarticular um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor varejista.
De acordo com o MP, o fiscal estadual manipulava processos administrativos para poder facilitar a quitação de créditos tributários. Em compensação, recebia pagamentos mensais através de uma empresa registrada em nome da mãe. Na casa do auditor, foi encontrada uma elevada quantia de dinheiro.
No total, foram cumpridos três mandados de prisão temporária: contra o fiscal de tributos, apontado como o principal operador do esquema e também contra dois empresários, Sidney Oliveira e Mario Otávio Gomes.
Os agentes também cumprem mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e nas sedes das empresas investigadas.
Crimes investigados e desdobramentos
Os envolvidos na Operação Ícaro poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
As investigações visam detalhar o funcionamento do esquema e identificar outros eventuais beneficiários e participantes. As investigações seguem em andamento.
Por meio de nota, a Fast Shop afirmou que ainda não teve acesso ao conteúdo da investigação e está auxiliando no fornecimento de informações às autoridades competentes.