Anvisa: escolha pela vacina contra a COVID-19 será técnica
"Para nós, pouco importa de onde vem a vacina ou qual é o país de origem", disse o presidente da Anvisa, Antônio Barra

Foto: Divulgação | Agência Senado
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (21), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que a escolha pela vacina contra a Covid-19 será técnica em considerar o país de origem. Segundo ele, a Agência tratará o registro da vacina contra o novo coronavírus como prioridade, quando for solicitado, após o término dos estudos.
Torres explicou que a Agência busca qualidade, segurança e eficácia. "Para nós, pouco importa de onde vem a vacina ou qual é o país de origem, o nosso dever constitucional é fornecer a resposta de que este produto tem ou não tem qualidade, segurança e eficácia, se induz à imunidade ou não, se vai combater o coronavírus. Após isso, são efetuadas as decisões de compra pelo governo federal ou pelos governos estaduais e municipais eventualmente, não tem participação da Agência neste processo", explicou Torres.
A diretora da Anvisa, Alessandra Bastos, acrescentou que semanalmente há reuniões com todas empresas que desenvolvem as vacinas. "A competência da Agência é de forma imparcial, verificar independente da origem do país, se há qualidade onde é fabricado", registrou. "De fato, é o Ministério da Saúde que decide o que, de quem e quando comprar", concluiu.
As explicações ocorrem em meio à polêmica sobre a assinatura do protocolo de intenção para compra a vacina chinesa Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, nesta terça (20). A intenção foi tornada pública pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e desautorizada depois por Jair Bolsonaro.
Nas redes, o presidente da República escreveu que "qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser COMPROVADA CIENTIFICAMENTE PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE e CERTIFICADA PELA ANVISA". Ainda colocou que a decisão dele é não comprar a vacina.