Ao menos 51% dos domicílios brasileiros pertencem a classe D ou E, aponta estudo

País aumentou o índice de pobreza nos últimos 10 anos

[Ao menos 51% dos domicílios brasileiros pertencem a classe D ou E, aponta estudo]

FOTO: Agência Brasil

De acordo com um levantamento da Tendência, o percentual de domicílios brasileiros que integra as classes D e E aumentou de 48,7% para 51% entre 2012 e 2021. Os números, que correspondem a cerca de 37,7 milhões de domicílios compondo a base social, demonstram o aumento da pobreza no país. 

Na pesquisa, as classes D e E são compostas pelos domicílios que possuem renda mensal de até R$ 2,8 mil.

Entre o início dos anos 2000 até meados da década passada, a classe C se fortaleceu, ficando conhecida como a classe média. No entanto, uma recessão observada entre 2014 e 2016, além dos impactos econômicos promovidos pela pandemia de coronavírus fizeram com que o país retrocedesse. 

Em 2021, ainda em decorrência da crise sanitária, a porcentagem de domicílios nas classes D e E chegou a 51,6%. No entanto, com um mercado de trabalho um pouco mais favorável, o número pode apresentar melhora em 2022. 

Dentre os fatores que colocam a situação financeira da população mais pobre em risco estão a informalidade, ou seja, a volatilidade da renda em decorrência do fechamento de serviços e comércio durante a pandemia. Além da localização em que vivem, nas áreas periféricas, o que dificulta o acesso à renda e ao trabalho e a quantidade de integrantes nas famílias. 


Comentários