Apesar da 2ª onda, BC acredita que efeitos da vacina pode levar a retomada da atividade econômica no 2º semestre
Análise do cenário consta na ata da reunião com membros do Copom

Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Banco Central avalia que a segunda onda de Covid-19 tem sido maior que o esperado. Contudo, por outro lado, ressaltou que os efeitos da vacinação devem levar a uma "retomada robusta" da atividade econômica no segundo semestre. As declarações constam na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (11).
"A despeito da intensidade da segunda onda da pandemia ter sido maior que a esperada, os últimos dados disponíveis de atividade têm surpreendido positivamente. Para o, o segundo semestre do ano deve mostrar uma retomada robusta da atividade, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais distribuída”, diz o documento.
Ainda segundo a ata, o Comitê acredita que o nível de ociosidade na economia está diminuindo em uma velocidade maior do que a esperada. Mas, pontua a diferença de recuperação entre os setores. “Enquanto o setor de bens opera com baixa ociosidade, o setor de serviços mostra dificuldades para se recuperar”, diz o documento.
Membros do Copom discutem sobre os riscos fiscais e o impacto de custos inesperados na informação. E segundo mostra a ata, essa ainda é uma das preocupações relevantes antes da decisão de elevar os juros.
"Novos prolongamentos das políticas de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país, ou forem relacionados em relação à continuidade das reformas, podem exercer ainda mais os prêmios de risco do país", diz a ata.
"O risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a descrição acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária", completa o documento.
"O Copom então considera diferentes trajetórias de normalização de juros. Levando em conta o cenário básico e o balanço de riscos, o Comitê avaliou que na próxima reunião seria adequado outro ajuste da mesma magnitude, caso não haja mudança nos condicionantes de informação".
As projeções de dados são em torno de 5,1% para 2021 e 3,4% para 2022. Ou seja, esse cenário supõe juros a 5,50% ao fim deste ano, e 6,25% para o próximo ano.