Após 15 anos no comando da seleção do Uruguai, Oscar Tábarez é demitido do cargo
A baixa posição na tabela das Eliminatórias da Copa do Mundo e as recentes derrotas foram as motivações para a decisão

Foto: Zhizhao Wu/Getty Images
Após 15 anos no comando da seleção uruguaia, o técnico Óscar Tabárez foi demitido na tarde desta sexta-feira (19). As recentes derrotas para a Bolívia e Argentina nas Eliminatórias, que deixaram a Celeste na sexta posição da tabela, fazendo com que não se classificasse para a Copa do Mundo de 2022, foi o estopim da decisão.
Sem treinador, a seleção segue a procura de um novo técnico para a reta final das Eliminatórias, confiando ser possível ainda se classificar para a Copa no Catar. O nome de Diego Aguirre, atual comandante do Inter, é um dos cotados pela imprensa uruguaia para assumir uma equipe.
Tabárez teve uma trajetória na seleção do Uruguai que pode se resumir em duas fases. E foi neste segunda, a atual, que ele teve mais sucesso. Atualmente, aos 74 anos, é o treinador que mais jogos dirigiu à seleção em toda a história, e o treinador com mais jogos dirigidos a uma mesma equipe no mundo.
O agora ex-técnico da seleção uruguaia esteve presente em sete Copas Américas, nas edições de 1989, 2007, 2011, 2015, 2016, 2019 e 2021. Na edição de 2011, sediada pela Argentina, ele conquistou a taça da Copa América.
Além disso, Tabárez também acompanhou a seleção nacional em quatro Copas do Mundo: na Itália 1990 (oitavas de final), África do Sul 2010 (quarto colocado), Brasil 2014 (oitavas de final) e Rússia 2018 (quartas de final).
Recentemente, o técnico foi defendido pelos jogadores uruguaios. Luis Suárez, maior artilheiro da história da seleção, lembrou que nunca foi comandado por outro treinador.
"Quando cheguei na seleção em 2007, o Uruguai tinha ficado para a Copa do Mundo de 2006. Em 2002, nos classificamos na repescagem ea verdade é que não me lembro qual foi a última antes disso. Hoje estamos em uma situação em que fomos às últimas três Copas do Mundo. Você tem que ver o lado positivo. Nas eliminatórias anteriores, nos classificamos algumas datas antes e é por isso que digo que as pessoas conhecidas um pouco mal acostumadas", disse Suárez.
O zagueiro Giménez, de 26 anos, também defendeu o "Maestro", sendo até mesmo mais contundente que Soares. "O futebol não tem memória. As pessoas sabem os jogadores da seleção pensam do Maestro. Ele foi o pai da carreira de 99,9% dos jogadores. É (pai da carreira) para mim, e momentos assim são duros, difíceis, mas são coisas que acontecem, você tem que ver, aceitar e seguir em frente", afirmou Giménez.