Após 160 anos de criação, poupança segue sendo a aplicação preferida dos brasileiros

A caderneta de poupança completa 160 anos e continua sendo a opção dos brasileiros, incluindo os milionários, como forma de investimento no Brasil. Dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de janeiro de 2021 mostram que há mais de 22 mil contas poupanças com saldo maior que R$ 1 milhão, valor é 28% a mais do que o registrado em janeiro do ano passado.

Apesar do número alto, a aplicação ocorre em um momento de baixo rendimento. Pela regra atual da poupança, após maio de 2012, o rendimento é de 70% da taxa básica de juros Selic (atualmente no patamar histórico de 2% ao ano), ou seja, o ganho atual é de 1,4% ao ano. A poupança antiga, esta antes de maio de 2012, o rendimento era de 0,5% ao mês, o que totaliza 6,17% ao ano. 

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) de 2019, a poupança é conhecida por 90% dos brasileiros e usada por 84,2% deles. Segundo mais utilizado, os fundos de investimento são escolhidos por apenas 6% dos investidores.

"A poupança traz segurança, é o porto seguro neste momento de elevado risco financeiro em que vivemos. As pessoas sabem que rende pouco, mas a simplicidade e a segurança da aplicação explicam os novos aportes e a preferência do brasileiro. De qualquer forma, é melhor poupar com algo em relação ao qual se está confortável do que gastar", afirma o coordenador do curso de gestão financeira da Fundação Getulio Vargas, Ricardo Teixeira, em entrevista ao jorna O Extra.